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Abertura dos mercados: "Sell-off" nas bolsas asiáticas arrasta Europa. Juros de Itália descem    

O dia nas bolsas europeias iniciou no vermelho, com as acções a serem contagiadas pela queda acentuada sofrida pelas congéneres asiáticas. Petróleo e euro também estão em terreno negativo e os juros da dívida italiana aliviam apesar das possíveis más notícias que o país deverá receber hoje.

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Os mercados em números

PSI-20 recua 0,90% para 4.974,02 pontos

Stoxx 600 perde 0,98% para 356,20 pontos

Nikkei desvalorizou 2,67% para 22.010,78 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,6 pontos base para 1,99%

Euro desce 0,08% para 1,1455 dólares

Petróleo desce 0,73% para 79,25 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas asiáticas caem mais de 2% e arrastam Europa

As bolsas europeias abriram no vermelho, castigadas pela sessão de descidas acentuadas nas praças asiáticas, num "sell-off" motivado por um conjunto de factores que levaram os investidores a sair das acções para activos refúgio como o dólar e a dívida alemã.   

 

A maioria dos índices asiáticos fechou a cair mais de 2%, sendo que o MSCI Asia Pacifico (excluindo Japão) recuou para mínimos de Maio de 2017. Em Tóquio o Nikkei desvalorizou 2,67%, enquanto o Kospi da Coreia do Sul e o Hang Seng de Hong Kong deslizaram cerca de 3%.

 

No caso das bolsas chinesas, que também sofreram perdas acentuadas depois da forte alta de segunda-feira, continua a pesar o receio à volta da guerra comercial com os Estados Unidos. Isto acontece mesmo depois do Governo ter garantido que irá baixar o IRS para contrabalançar o efeito negativo da guerra comercial e que irá apoiar as empresas caso a economia abrande. 

 

A tensão da comunidade internacional com a Arábia Saudita devido à morte de Jamal Khashoggi e os receios com o orçamento italiano também são factores que pressionam as bolsas a nível global. O europeu Stoxx cede 0,98% para 356,20 pontos, depois de já ter iniciado a semana em terreno negativo.

 

A bolsa portuguesa acompanha o movimento, com o PSI-20 a descer 0,90% para 4.974,02 pontos, na terceira sessão no vermelho.

 

Os investidores aguardam agora a divulgação de indicadores económicos relevantes nos EUA no final da semana, bem como o anúncio de resultados de gigantes tecnológicas (Amazon, Alphabet, Microsoft e Intel), para que este sentimento negativo se possa inverter.  

Orçamento italiano leva euro para perto de mínimos

O euro continua a perder terreno contra o dólar, com a moeda europeia de novo a ser castigada pela confrontação entre Bruxelas e Roma sobre o orçamento italiano. Aguarda-se uma decisão de Bruxelas nesta terça-feira sobre o orçamento italiano. E o dia poderá ser marcado por um facto inédito, pois poderá ser a primeira vez que as instituições europeias decidem obrigar um Estado-membro a refazer a sua proposta do Orçamento do Estado.

 

O "chumbo" do orçamento italiano é dado como garantido pela imprensa internacional. A Bloomberg escreve que há uma série de razões para acreditar que a Comissão irá rejeitar o orçamento italiano no encontro de hoje em Estrasburgo. O Guardian cita um porta-voz da Comissão que confirma que hoje essa será uma das questões do encontro dos comissários. 

 

O euro está a cair 0,08% para 1,1455 dólares e negoceia muito perto do mínimo atingido a 9 de Outubro nos 1,14325 dólares.

 

Juros de Itália aliviam

Apesar da tensão relacionada com o possível chumbo do orçamento italiano, os juros da dívida pública do país estão a aliviar, com a taxa dos títulos a 10 anos a recuar 5 pontos base para 3,44%.  

 

Ontem, na resposta a uma nova carta da Comissão Europeia, o ministro das Finanças, Giovanni Tria, garantiu que irá intervir caso haja desvios nas metas. Mas manteve-as, assumindo que viola as regras europeias, um mal necessário, segundo o Governo. 

 

Os juros da dívida portuguesa estão também a aliviar, com a "yield" da taxa a 10 anos a descer 2,6 pontos base para 1,99%. Nas obrigações alemãs, que servem de activo refúgio, a taxa desce 1,3 pontos base para 0,435%. 

 

Petróleo afasta-se dos 80 dólares

O petróleo também negoceia em terreno negativo, depois da Arábia Saudita ter deixado claro que não vai utilizar a sua posição de liderança mundial na produção da matéria-prima como arma política nas pressões de que está a ser alvo devido à morte de Khashoggi. Além disso, o petróleo também está a ser pressionado pela expectativa de uma nova subida nos stocks de crude nos EUA  (o que a confirmar-se acontecerá pela quinta semana consecutiva).

 

O brent em Londres desce 0,73% para 79,25 dólares e WTI em Nova Iorque recua 0,46% para 69,04 dólares.

Ouro sobe para máximo de 14 semanas

O metal precioso está a funcionar com activo refúgio devido À turbulência no mercado accionista. A onça de ouro avança 0,8% para 1.232,08 dólares, o que de acordo com a Bloomberg corresponde ao nível mais elevado em 14 semanas.

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