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Abertura dos mercados: Juros portugueses afundam, bolsas europeias em alta
Os juros da dívida pública portuguesa estão a afundar no mercado secundário, tendo estado em mínimos. As bolsas europeias estão em alta, numa altura em que os investidores aguardam pela discussão da versão final da reforma fiscal dos Estados Unidos no Senado.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,62% para 5.419,06 pontos
Stoxx 600 avança 0,88% para 391,62 pontos
Nikkei valorizou 1,55% para 22.901,77 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 6,2 pontos base para 1,778%
Euro sobe 0,32% para 1,1787 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,65% para 63,64 dólares o barril
Bolsas europeias em alta
As principais bolsas europeias estão em alta numa altura em que está iminente a discussão da versão final da reforma fiscal dos Estados Unidos no Senado, com promessa de fortes cortes de impostos que tem alimentado sucessivos máximos nas acções de Wall Street. A votação pode ocorrer ainda hoje ou terça-feira e o documento segue depois para a Câmara dos Representantes.
O francês CAC 40 lidera os ganhos no Velho Continente, seguido de muito perto pelo germânico DAX. O Stoxx 600, índice de referência, ganha 0,88%.
Em Lisboa, o PSI-20 sobe 0,62% e pode estar a ser animado pela decisão da agência de notação financeira Fitch, que na semana passada subiu o rating de Portugal em dois níveis. Destaque em Lisboa para as acções dos CTT (que sobem 3,17% para 3,384 euros), BCP (ganha 0,80% para 26,51 cêntimos), Mota-Engil (avança 1,08% para 3,76 euros).
Juros em mínimos de mais de dois anos
Os juros da dívida pública portuguesa estão em queda no mercado secundário depois de na última sexta-feira, 15 de Dezembro, a Fitch ter elevado o rating da dívida soberana de longo prazo da República Portuguesa, tal como se esperava. Mas a surpresa veio da proporção desta melhoria, já que a agência fez um "upgrade" de dois níveis, com Portugal a passar directamente para o penúltimo grau do chamado investimento de qualidade, de ‘BB+’ para ‘BBB’. A justificar a decisão esteve sobretudo a descida da dívida pública, que começou recentemente, e a previsível queda nos próximos anos.
Com a subida do rating, a dívida portuguesa pode ficar inclusivamente mais atractiva para mais investidores. A subida do rating e a classificação da dívida portuguesa como activo de investimento por parte de duas das grandes agências de notação (primeiro a S&P em 15 de Setembro e agora a Fitch) colocou as obrigações portuguesas no "radar dos maiores fundos de investimento tanto particulares como soberanos", aumentando "tanto a visibilidade como de facto a inclusão da dívida em muitos desses mesmos fundos", disse ao Negócios o chefe da equipa de "research" da Orey iTrade, José Lagarto.
A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si descem 6,2 pontos base para 1,778%, tendo já negociado nos 1,729% durante esta segunda-feira, o que representa o valor mais baixo desde 16 de Abril de 2015.
Os juros da dívida nacional voltaram esta segunda-feira a estar mais baixos do que os de Itália, a terceira maior economia da Zona Euro. A dez anos, as "yields" estão a ceder 1,9 pontos base para 1,793%.
Os juros da Alemanha a uma década estão a avançar 0,6 pontos base para 0,307%. O prémio de risco da dívida nacional face à germânica está nos 147,8 pontos.
Euro em alta
A moeda da Zona Euro está a negociar em alta face ao dólar, avançando 0,32 % para 1,1787 dólares. Um comportamento que tem lugar numa altura em que os investidores aguardam pela iminente discussão da versão final da reforma fiscal dos Estados Unidos no Senado norte-americano.
Crude em alta com redução do número de plataformas
Os preços do petróleo estão em alta nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate ganha 0,54% para 57,61 dólares por barril, numa altura em que as empresas de xisto reduziram o número de plataformas na semana passada. Os números da Baker Hughes, citados pela Bloomberg, indicam que há menos quatro plataformas operacionais, totalizando assim 747 plataformas a trabalhar na semana passada.
Com o ano a chegar ao fim, os preços do petróleo podem terminar 2017 com o segundo ano de ganhos. Um dos eventos que marca os últimos meses é a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de prolongar os cortes na produção até ao fim de 2018. Anteriormente, o cartel e os seus aliados previam que o acordo, que determina uma redução concertada da produção, terminasse no final do primeiro trimestre de 2018.
O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, sobe 0,65% para 63,64 dólares por barril.
Ouro pouco alterado
A cotação do ouro para entrega imediata está pouco alterada (sobe 0,06% para 1.257,22 dólares por onça) numa altura em que o mercado aguarda pela iminente discussão da versão final da reforma fiscal dos Estados Unidos no Senado.