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Abertura dos mercados: Juros, petróleo e dólar em alta. HSBC pressiona bolsas

A moeda norte-americana está a ser impulsionada pelo facto de um responsável da Fed admitir uma subida de juros já em Março. Os juros de Portugal estão de novo acima dos 4% e o HSBC está a condicionar a evolução das praças europeias.

Reuters
21 de Fevereiro de 2017 às 09:23
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,16% para 4.670,83 pontos

Stoxx 600 desce 0,06% para 370,82 pontos

Nikkei valorizou 0,68% para 19.381,44 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 4 pontos base para 4,03%

Euro desce 0,47% para 1,0564 dólares

Petróleo cresce 0,62% para 56,53 dólares por barril, em Londres  

 

HSBC pressiona bolsas europeias

As bolsas europeias seguem sem tendência definida, com os resultados abaixo do esperado do HSBC a pressionarem os índices, enquanto os dados económicos favoráveis divulgados na Alemanha e França representam um factor positivo.

 

O Stoxx 600 desce 0,06% com as acções do HSBC a descerem 6% na maior queda desde Agosto de 2015. O maior banco europeu fechou o quarto trimestre com um lucro ajustado de 2,62 mil milhões de dólares, um aumento de 39% face ao período homólogo, mas bem abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para lucros de 3,78 mil milhões de dólares.

 

O indicador de actividade económica de França cresceu para o nível mais elevado desde 2011. Já o indicador da Alemanha aponta para que Berlim registe o maior crescimento dos últimos três anos. Dados que suportam o optimismo dos investidores com um bom arranque de ano na economia europeia.

 

Em Lisboa o PSI-20 soma 0,16%, naquela que é a sexta sessão consecutiva de ganhos, no maior ciclo desde Agosto do ano passado. As acções da Galp Energia somam 0,15% para 13,7 euros depois da empresa ter anunciado que os lucros de 2016 baixaram 24% para 483 milhões de euros.

Juros acima dos 4%

Os juros da dívida pública portuguesa estão em alta ligeira, voltando a situar-se acima da barreira dos 4%, num dia marcado por várias emissões de soberanos na Europa, com destaque para uma sindicada por parte do Reino Unido.

 

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos aumenta 4 pontos base para 4,03%, como spread face às bunds a agravar-se para 373 pontos base, já que a dívida alemã segue estável. Nota para a dívida francesa, que continua a ser penalizada pelo avanço de Marine le Pen nas sondagens. A "yield" das obrigações francesas a 10 anos avança 3 pontos base para 1,09%, com o diferencial face à Alemanha perto de máximos de 2012.

 

Dólar ganha terreno com expectativa de subida de juros

O dólar está a negociar em alta face às principais divisas mundiais, devido às declarações de um responsável da Fed a sobre a direcção dos juros na maior economia do mundo. "Uma subida de juros já em Março não está colocada de parte", disse à Market News International o Governador da Fed de Filadélfia, Patrick Harker, que tem assento no comité que fixa as taxas de juro do banco central liderado por Janet Yellen.

 

Com as apostas reforçadas na alta dos juros nos EUA, o euro está a ceder 0,39% para 1,0572 dólares.  As minutas da última reunião da Fed serão divulgadas esta semana.

 

Petróleo sobe pela terceira sessão 

O petróleo continua a ganhar terreno, com os mercados a incorporar os cortes de produção efectuados pelos países produtores e o aumento da oferta por parte dos Estados Unidos. Dados conhecidos ontem mostram uma maior redução da Arábia Saudita, depois do acordo no âmbito da OPEP, o suficiente para a Rússia recuperar o lugar de maior produtor mundial.

 

O Brent em Londres avança 0,59% para 56,51 dólares. O WTI em Nova Iorque avança para 56,41 dólares. O Citigroup elevou as estimativas para o preço da matéria-prima, estimando uma cotação média de 55 dólares no primeiro trimestre e entre 60 e 65 dólares no final do ano. A estimativa para a cotação média de 2107 é de 59 dólares, o que se situa cerca de 30% acima do valor do ano passado.

 

Alta do dólar pressiona ouro

O ouro negoceia em terreno negativo, com o metal precioso a ser penalizado pela alta do dólar frente às principais moedas mundiais. O ouro para entrega imediata desce 0,5% para 1.232,59 dólares a onça na bolsa de Londres.

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