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Abertura dos mercados: Juros de Itália voltam a disparar e Trump trava subida do dólar

As bolsas europeias negoceiam em queda numa sessão que volta a ser de alta acentuada para os juros das obrigações italianas, uma vez que Roma não abre mão dum défice de 2,4% em 2019.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 soma 0,15% para os 5.156,52 pontos

Stoxx600 recua 0,32% para os 371,74 pontos
Nikkei valorizou 0,16% para 23.506,04 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,4 pontos base para 1,979%

Euro recua 0,02% para 1,1489 dólares

Petróleo em Londres desce 0,24% para 84,80 dólares o barril


Europa no vermelho com conflitos em aberto 

As principais praças europeias seguem alinhadas em terreno negativo numa altura em que a contenda entre Itália e Bruxelas acerca do défice orçamental transalpino não parece ter remédio à vista. Também a disputa comercial entre Europa e Estados Unidos ainda está em aberto, pelo que as perspectivas económicas para o Velho Continente são incertas.

O principal agregador Europeu, o Stoxx600 perde 0,32% para os 371,74 pontos, com as cotadas dos sectores químico e de bens de consumo a destacarem-se pela negativa.

Em Lisboa abre-se antes a excepção e o índice nacional segue a valorizar 0,15% para os 5.156,52 pontos. A Galp e o BCP contribuem para o desempenho com subidas superiores a 1%, numa altura em que as cotações do petróleo prosperam e na primeira sessão depois da agência S&P ter aumentado o rating do banco. 

 

Juros de Itália voltam a disparar

A sessão desta quarta-feira iniciou com uma forte subida nos juros da dívida italiana, reflectindo a continuada confrontação entre Roma e Bruxelas sobre o Orçamento italiano para 2019. Luigi Di Maio e Matteo Salvini, líderes da coligação que governa Itália, acertaram posições sobre os planos orçamentais, que definem um défice equivalente a 2,4% do PIB. Além disso, Salvini disse estar confiante que o "spread" da dívida italiana não vai superar os 400 pontos base, face aos cerca de 300 pontos base actuais.

Estas palavras estão a pressionar as obrigações soberanas transalpinas, com a "yield" dos títulos a 10 anos a disparar 11,6 pontos base para 3,59%, aproximando-se assim dos máximos de quatro anos fixados na véspera (3,71%).

Nas obrigações portuguesas a subida é bem mais ligeira, com a "yield" das obrigações do Tesouro a subir 0,4 pontos base para 1,979%, depois de ontem ter superado os 2% pela primeira vez em quatro meses. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza hoje uma emissão de obrigações a dez anos, com um montante indicativo entre 750 e 1.000 milhões de euros.


Declarações de Trump travam dólar

O dólar está a corrigir dos ganhos das últimas sessões e os juros das obrigações norte-americanas também aliviam de máximos de sete anos, uma tendência que os analistas atribuem às novas declarações de Donald Trump contra a política monetária da Reserva Federal (Fed).

O presidente dos Estados Unidos afirmou na noite de terça-feira que está descontente com a política de subida de juros da Fed pois a inflação está controlada e por isso não é necessário aumentar os juros de forma tão rápida. O banco central dos EUA já subiu a taxa de juro de referência por três vezes este ano e sinalizou mais subidas em breve.

A moeda norte-americana tem beneficiado este ano com a política de subida de juros da Fed, mas hoje o índice do dólar está a recuar 0,1%. Ainda assim o euro volta a negociar em ligeira queda face à divida norte-americana, com uma queda de 0,02% para 1,1489 dólares, depois de ter tocado em mínimos de sete semanas nos 1,1432 dólares. A moeda única tem sido penalizada pela situação em Itália.

Michael mantém petróleo nos 85 dólares em Londres

Os preços do petróleo negoceiam em queda ligeira na abertura da sessão, mas próximos de máximos de quatro anos, numa altura em que os investidores temem os efeitos do furacão Michael nas plataformas petrolíferas nos EUA. O furacão Michael subiu para a categoria 4, de um máximo de 5, com ventos até 210 quilómetros por hora numa altura em que avança pelo Golfo do México até ao estado norte-americano da Florida.

O Brent em Londres desce 0,24% para 84,80 dólares, depois de ontem ter tocado nos 85 dólares. O WTI desvaloriza 0,29% para 74,74 dólares.

Metais preciosos em alta

As declarações de Trump sobre a política monetária da Fed estão também a ter impacto nos metais preciosos, que negoceiam em alta perante a correcção do dólar. O ouro segue estável nos 1.1889 dólares a onça, a prata parecia 0,2% para 14,41 dólares e a platina ganha 0,1% para 826,24 dólares.  

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