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Bolsa nacional volta às quedas e renova mínimos de 2017

A bolsa nacional inverteu da tendência de ganhos e segue já a perder, pressionada pelo sector do papel, bem como pelo retalho. Os ganhos superiores a 1% da Galp e do BCP são insuficientes para evitar a queda do principal índice.

Reuters
10 de Outubro de 2018 às 13:16
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A bolsa nacional segue em queda, acompanhando a tendência que impera entre a generalidade das praças europeias, num dia em que Itália volta a estar sob todas as atenções, devido às metas orçamentais. A disputa de palavras e de objectivos entre Roma e as instituições europeias tem provocado subidas acentuadas dos juros italianos, que têm subido para máximos de quatro anos.

O PSI-20, que ainda iniciou o dia em alta, está a perder 0,51% para 5.122,38 pontos, com 12 cotadas em queda, cinco em alta e uma inalterada. O principal índice bolsista nacional está, inclusivamente, a renovar mínimos de Setembro de 2017. Entre os congéneres europeus a tendência é semelhante, com o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a recuar 0,23%. 

Na bolsa nacional, destaque para dois sectores: papel e retalho. No papel, a Altri é a cotada que mais se destaca, ao perder 8,55% para 8,02 euros, tendo chegado a recuar quase 10%, o que representa a maior descida dos últimos dois anos. Mas este comportamento não é exclusivo da Altri. A Navigator está ceder 3,81% para 4,04 euros e a Semapa está a cair 2,85% para 16,36 euros. A justificar estes desempenhos tão vincados estão notas de análise emitidas por bancos de investimento, onde reviram em baixa as suas avaliações para o sector do papel nos EUA. Em causa está a perspectiva de que o crescimento da capacidade de produção da indústria será superior ao aumento da procura, o que deverá pressionar os preços.

No retalho, a Jerónimo Martins está a depreciar 0,65% para 11,38 euros, tendo chegado a tocar nos 11,285 euros, o que corresponde ao valor mais baixo desde Janeiro de 2016. A rival Sonae SGPS segue a mesma tendência e perde 0,8% para 0,8695 euros. 

Do lado oposto está a Galp Energia, ao subir 1,91% para 16,825 euros. O BCP também está a apreciar mais de 1% para 0,2294 euros, depois de ontem ao final do dia a agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) ter elevado o "rating" do banco liderado por Miguel Maya em um nível. O "rating" do BCP passou assim de BB- para BB, situando-se agora no segundo nível de "lixo". Ou seja, os títulos de dívida por si emitidos continuam a ser considerados especulativos, mas já estão a apenas dois níveis de sair do patamar da categoria especulativa. Já a perspectiva passou de "positiva" para "estável". 

A subir está também a EDP, ao ganhar 0,13% para 3,154 euros, enquanto a EDP Renováveis está a recuar 0,65% para 8,45 euros. 

Em forte queda estão também os CTT, ao recuarem 2,44% para 3,274 euros. 



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