Notícia
Abertura dos mercados: Juros da Alemanha em máximos de mais de dois anos
Os juros da dívida pública da Alemanha alcançaram esta manhã o valor mais elevado em mais de dois anos. Os juros nacionais registam uma subida ligeira a dez anos depois dos comentários do governador do banco da Holanda.
Os mercados em números
PSI-20 cede 0,11% para 5.762,06 pontos
Stoxx 600 aprecia 0,01% para 400,60 pontos
Nikkei caiu 0,01% para 23.629,34 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1 ponto base para 1,95%
Euro desce 0,17% para 1,2406 dólares
Petróleo em Londres recua 0,18% para 70,39 dólares
Bolsas europeias sem rumo
As principais praças europeias estão a negociar sem uma tendência definida numa altura em que os investidores estão a digerir nomeadamente os resultados da suíça AMS. A cotada é fornecedora da Apple e foi a empresa que mais subiu no ano passado e anunciou esta manhã que as suas receitas duplicaram no ano passado, para o valor recorde de 1,06 mil milhões de euros, de acordo com a Reuters. As acções da empresa disparam 21,62% para 93,14 francos suíços.
Nota também para a Sanofi que pretende adquirir a biotecnológica belga Ablynx por, aproximadamente, 3,9 mil milhões de euros. A farmacêutica francesa regista uma valorização ligeira de 0,04% para 73,51 euros.
Entre as principais praças europeias, o britânico Fotsie e o italiano FTSE MIB lideram os ganhos ao subirem 0,15%. Frankfurt e Paris estão também do lado dos ganhos mas como valorizações inferiores. Por outro lado, Atenas e Madrid são as bolsas que mais descem, ao recuarem 0,30%. Em Lisboa, o PSI-20 perde 0,11%, penalizado nomeadamente pelas cotadas do sector energético, Nos e pela Jerónimo Martins. A impedir uma descida mais acentuada estão as acções do BCP, Corticeira Amorim e Navigator.
Juros da Alemanha a cinco anos em terreno positivo
A marcar o mercado de dívida soberana na Europa continua a estar a alta dos juros da Alemanha, devido às perspectivas de retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu. A "yield" das bunds a cinco anos aumentam 4 pontos base para 0,02%, situando-se em terreno positivo pela primeira vez em mais de dois anos.
A tendência é de agravamento em toda a dívida europeia, depois de Klaas Knot, governador do banco central da Holanda, ter defendido que o programa de compra de activos do BCE tem de terminar "o mais rápido possível". O actual está em vigor até Setembro e as declarações de Knot indiciam que poderá não ser renovado além desta data. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos agrava-se 1 ponto base para 1,95%, sendo que o spread face às bunds alemãs com a mesma maturidade está a estreitar-se para 130 pontos base.
Euro em queda
A moeda da Zona Euro está em queda face ao dólar, aliviando dos fortes ganhos recentes. O euro desce 0,17% para 1,2406 dólares. De salientar que a moeda norte-americana está a ganhar terreno face às dez principais pares, depois dos comentários do governador do banco central do Japão. Segundo os esclarecimentos do Banco do Japão, o governador Kuroda quando, em Davos, disse que os preços no consumidor estavam finalmente a aproximar-se da meta dos 2%, não estava a perspectivar uma revisão para a inflação.
WTI aproxima-se do Brent
As cotações do petróleo seguem tendências opostas em Nova Iorque e em Londres, com o WTI a aproximar-se do Brent, estando actualmente a diferença no nível mais reduzido em cinco meses. Na bolsa de Nova Iorque o WTI soma 0,12% para 66,22 dólares, enquanto em Londres o Brent recua 0,18% para 70,39 dólares. Os analistas explicam esta menor diferença entre o WTI e o Brent com a desvalorização do dólar e a queda nos "stocks" da matéria-prima nos Estados Unidos.
Ouro estável após ciclo de ganhos
A cotação do ouro está a negociar estável, nos 1.348,66 dólares a onça, depois de ter valorizado em seis das últimas sete semanas. O metal precioso valorizou 1,3% nas últimas cinco sessões, beneficiando sobretudo com a fraqueza do dólar, que na sexta-feira transaccionou em mínimos de Dezembro de 2014.