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Abertura dos mercados: Guerra comercial entre EUA e China afunda bolsas

As bolsas europeias estão a descer mais de 1%, assim como o petróleo, o ferro e o aço. A justificar estes desempenhos está o intensificar da guerra comercial entre os EUA e a China.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 cai 0,77% para 5.527,04 pontos

Stoxx 600 desce 1,06% para 381,81 pontos

Nikkei desvalorizou 1,77% para 22.278,48 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,1 pontos base para 1,737%

Euro deprecia 0,29% para 1,1589 dólares

Petróleo cai 1,04% para 74,56 dólares por barril, em Londres

 

Guerra comercial arrasta bolsas

As bolsas europeias estão a registar fortes quedas, numa altura em que os investidores estão a demonstrar receios em torno da guerra comercial entre os EUA e a ChinaOs EUA impuseram tarifas sobre importações chinesas de 50 mil milhões de dólares. A China respondeu. O presidente dos EUA pediu para que fossem identificados mais produtos, correspondentes a 200 mil milhões de dólares de importações, para que possam ser aplicadas novas tarifas. E pediu ainda que sejam identificados mais 200 mil milhões de dólares para o caso de Pequim responder. E a China já deixou claro que o vai fazer. 

Este contexto está a deixar os investidores nervosos. O principal índice bolsista da China deslizou mais de 3,5%, tocando em mínimos de Junho de 2016. Na Europa, o Stoxx600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a cair 1,06%, e a maioria dos índices está a acompanhar esta dimensão de quedas. 

Na bolsa nacional, o PSI-20 cede 0,77%, sendo um dos índices que menos desvaloriza na Europa. 
 

Juros portugueses descem pela sétima sessão

Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a descer pela sétima sessão consecutiva, aproximando-se do nível mais baixo desde 15 de Maio. Nesta altura, a yield associada às obrigações de Portugal a dez anos cai 1,1 pontos para 1,737%.

 

Em Itália, pelo contrário, depois de quatro sessões de alívio, os juros sobem 3,5 pontos para 2,589% e em Espanha agravam-se em 0,3 pontos para 1,257%.

Esta evolução acontece depois de o BCE ter motivado, na quinta-feira passada, um alívio generalizado, com a garantia de que os juros de referência não deverão aumentar antes do Outono do próximo ano. Na Alemanha, a tendência é a inversa, com a yield a aliviar 3,6 pontos para 0,362%.

 

Euro mantém quedas

A moeda única europeia continua em queda, mantendo a tendência registada desde que o BCE deu indicações sobre o futuro da política monetária na Zona Euro. O euro está a descer 0,29% para 1,1589 dólares. O dia será marcado pelo Fórum do BCE em Sintra, onde estão vários responsáveis pela política monetária mundial. As conferências podem ser acompanhadas em directo

 

OPEP e tensões comerciais pressionam petróleo

Os preços do petróleo voltaram às quedas, numa altura em que os investidores estão a reflectir na negociação o aumento de produção entre 300 e 600 mil barris por dia que se prevê que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anuncie esta semana. Apesar de a Bloomberg ter avançado que o aumento da produção será inferior ao inicialmente esperado (1,5 milhões de barris por dia), a confirmar-se este acréscimo na produção será um sinal de que os membros da OPEP estarão disponíveis para ajudar a descer os preços da matéria-prima, isto numa altura em que as tensões geopolíticas também contribuem para a descida. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a descer 1,04% para 74,56 dólares.

 

Ferro e aço deslizam 

A guerra comercial entre os EUA e a China está a provocar quedas acentuadas nas matérias-primas, com destaque para o ferro e o aço. Os futuros do aço estão a descer mais de 4% enquanto o ferro está a deslizar mais de 6%, segundo a Bloomberg. 

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