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Bolsas dos EUA descem mais de 1% com guerra comercial a subir de tom

As empresas que mais dependem do mercado chinês estão entre as mais penalizadas, com descidas superiores a 2% no arranque da sessão.

Reuters
19 de Junho de 2018 às 14:38
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A mais recente troca de ameaças entre os Estados Unidos e a China sobre a imposição de novas tarifas está a penalizar fortemente os principais índices accionistas norte-americanos e a promover uma corrida em direcção aos activos de refúgio, como é o caso das obrigações do Tesouro dos Estados Unidos.

 

O índice tecnológico Nasdaq desce 1,10% para 7.661,59 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cai 1,33% para 24.654,99 pontos. Já o S&P500 desvaloriza 0,86% para 2.750,48 pontos.

 

As acções da Boeing, a maior exportadora dos Estados Unidos para a China, descem 2,98% para 344,23 dólares, enquanto a Caterpillar recua 2,43% para 145,02 dólares.

 

Também as fabricantes de chips, que dependem da China para uma grande parte das suas receitas, estão em queda. A Broadcom desvaloriza 2,70% para 255,66 dólares, a Qualcomm perde 2,06% para 57,98 dólares e a Intel cai 1,47% para 52,44 dólares.

 

Esta evolução acontece depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado implementar uma nova tarifa de 10% sobre 200 mil milhões de dólares de importações chinesas, a somar à taxa de 25% sobre 50 mil milhões de dólares de bens da China anunciada na passada sexta-feira.

 

Em resposta a esta taxa de 25%, Pequim anunciou tarifas sobre importações dos Estados Unidos de valor idêntico, e já garantiu que esta nova ameaça de uma taxa de 10% será enfrentada com medidas "qualitativas" e quantitativas".

 

"Do ponto de vista da negociação, [as ameaças] são uma ferramenta poderosa. Do ponto de vista do mercado, levam a um aumento da incerteza. No curto prazo, esperamos ver volatilidade nos mercados, que tentarão descontar o impacto líquido das tarifas", refere Michael Olivia, consultor financeiro da Westpac Wealth Partners, citado pela Reuters.

 

Sobe assim de tom a tensão entre as duas grandes potências, que tem agitado os mercados financeiros desde Fevereiro, devido aos receios sobre o potencial impacto no crescimento da economia mundial.

 

Nesta altura, as obrigações do Tesouro norte-americano a dez anos sobem, levando os juros a descer 3,6 pontos para 2,8803%.

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