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Abertura dos mercados: Europa a vermelho antes do BCE. Petróleo e euro em alta
As bolsas europeias estão a negociar em baixa ligeira, antes do fim da reunião mensal do BCE, que não deverá trazer surpresas nos juros. O petróleo recupera de duas sessões de perdas e o euro segue em alta face ao dólar.
Os mercados em números
PSI-20 cai 0,01% para 5.383,33 pontos
Stoxx 600 perde 0,16% para 390,07 pontos
Nikkei valorizou 0,8% para 9.890,27 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,3 pontos para 1,882%
Euro sobe 0,105% para 1,1832 dólares
Petróleo em Londres avança 0,82% para 62,95 dólares o barril
Bolsas europeias caem à espera do BCE
As bolsas europeias iniciaram a sessão em queda, à espera pelo final da reunião do Banco Central Europeu (BCE), depois de ontem a Reserva Federal (Fed) dos EUA ter subido pela terceira vez este ano os juros do país em 25 pontos base para um intervalo entre 1,25% e 1,50%.
Apesar de não se prever qualquer alteração na política monetária na Zona Euro, os investidores aguardam pelas declarações do presidente do BCE, Mario Draghi, cuja conferência de imprensa começa às 13:30, hora de Lisboa, para perceberem se serão deixadas mais pistas sobre o futuro. O Stoxx600 está a perder 0,16% para 390,07 pontos.
Já na praça lisboeta, o PSI-20 cai 0,01%, numa altura em que a acção que mais se destaca é a Pharol, ao perder 6,97% para 0,267 euros, atingindo um mínimo de Maio. A queda das acções reflecte a nova versão do plano de recuperação da Oi, operadora brasileira de que é maior accionista. A solução apresentada resultará na diluição da posição da empresa liderada por Palha da Silva na telecom Oi, com a conversão de créditos em acções e reforço de capital.
Do lado oposto está a Sonae SGP, ao subir 0,70% para 1,149 euros, tendo já atingido um máximo de Outubro de 2015 ao tocar nos 1,16 euros.
Spread da dívida nacional face à italiana em mínimos de 2010
As taxas de juro de Portugal estão a cair na maior parte dos prazos, estreitando o diferencial face à dívida italiana e espanhola, numa semana que deverá ser marcada pela subida de "rating" de Portugal por parte da Ficth.
A taxa de juro nacional a 10 anos está a descer 0,3 pontos base para 1,882%. Uma queda muito ligeira mais suficiente para fazer descer o spread da dívida portuguesa face à italiana para níveis de Janeiro de 2010, num valor abaixo dos 10 pontos base. Face à espanhola, o prémio de risco de Portugal também está em mínimos, de 2015, a beneficiar de subidas ligeiras nos juros dos outros países.
Euro sobe em dia de BCE
A moeda da Zona Euro está a subir, numa altura em que os investidores aguardam pelas palavras do presidente do BCE sobre o futuro da política monetária da região. A contribuir para a subida do euro está também o facto de a Reserva Federal (Fed) dos EUA ter demonstrado dúvidas sobre o efeito da política fiscal de Donald Trump no crescimento económico, considerando que o seu impacto será mais moderado do que o que estava a ser antecipado pela administração Trump.
Petróleo recupera de duas sessões de perdas
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, depois de duas sessões de perdas, em que a matéria-prima foi arrastada pelo aumento da produção nos Estados Unidos.
Na semana passada, a produção norte-americana completou a oitava semana de subidas, tendo aumentado para o nível mais alto em três décadas. Estes dados acabaram por ofuscar a informação de que as reservas de crude diminuíram em 5,12 milhões de barris, o que normalmente tem um efeito positivo nos preços.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,42% para 56,84 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 0,82% para 62,95 dólares.
Ouro quase inalterado após forte subida
O metal precioso está praticamente inalterado depois de ter subido quase 1% na sessão de ontem. Apesar de a Reserva Federal dos Estados Unidos ter subido os juros – o que tem um impacto negativo no ouro – esse movimento já era largamente antecipado. Além disso, a Fed manteve a sua projecção de três subidas dos juros em 2018, aliviando os receios de que o banco central poderia acelerar o passo, perante sinais de recuperação mais forte da economia.
O ouro cai 0,03% para 1.255,13 dólares, enquanto a prata desce 0,12% para 16,0503 dólares.