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Abertura dos mercados: Coreia do Norte afunda bolsas. Euro e ouro em alta

As principais bolsas europeias estão em terreno negativo, penalizadas pelos receios dos investidores em torno de questões geopolíticas. O euro sobe e o ouro está em máximos de quase um ano.

04 de Setembro de 2017 às 09:24
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Os mercados em números

PSI-20 recua 0,72% para 5.157,84 pontos

Stoxx 600 desce 0,49% para 374,28 pontos

Nikkei desvalorizou 0,93% para 19.508,25 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desce 1,8 pontos base para 2,823%

Euro ganha 0,31% para 1,1896 dólares

Petróleo perde 1,31% para 52,06 dólares por barril, em Londres

Coreia do Norte afunda bolsas

As principais bolsas europeias, à semelhança do que já tinha acontecido na Ásia, estão a negociar em queda, penalizadas pelos receios crescentes dos investidores em torno de questões geopolíticas. No sábado, 2 de Setembro, a Coreia do Norte ter anunciado ter, alegadamente, desenvolvido uma arma nuclear mais avançada, com "grande poder destrutivo", avança a agência de notícias norte-coreana, KCNA, citada pela Reuters.

Poucas horas depois, o regime norte-coreano anunciou ter conduzido o sexto e mais poderoso teste nuclear, dizendo tratar-se de uma detonação com sucesso de uma avançada bomba de hidrogénio.

As reacções mundiais não tardaram. Os Estados Unidos fizeram saber que estavam preparados para a responder a "qualquer ameaça" norte-coreana. Tóquio, por sua vez, pediu tanto à Rússia como aos Estados Unidos para elevar a pressão sobre Pyongyang.

A Coreia do Sul iniciou manobras militares que envolvem mísseis balísticos, em resposta ao ensaio nuclear perpetrado pela Coreia do Norte. Entretanto, Seul diz ter detectado manobras por parte da Coreia do Norte para preparar o lançamento de um míssil balístico que poderá ser intercontinental.

Entre as principais praças europeias, o principal índice grego lidera as quedas, recuando 0,80%, seguido pelo PSI-20, que desce 0,72%, e pelo espanhol IBEX35, que desvaloriza 0,71%. O Stoxx 600, índice de referência, recua 0,49%.

As praças norte-americanas estão hoje encerradas por ser feriado no país.

Juros em queda

Os juros da dívida pública portuguesa a dez anos (prazo considerado de referência) estão a cair no mercado secundário, depois de na última sexta-feira a agência de notação financeira Moody’s ter alterado a perspectiva que tem para a dívida nacional, passando de estável para positiva. Apesar de manter o "rating" português na categoria considerada de "lixo", esta alteração na perspectiva abre a porta a uma subida do "rating" no espaço de 12 a 18 meses.

Após este anúncio da Moody’s, o mercado aponta que essa decisão pode levar a uma descida dos prémios de risco, com os investidores a especularem num regresso a grau de investimento este ano.

A dez anos, os juros da dívida portuguesa recuam 1,8 pontos base para 2,823%. Os juros da Alemanha na mesma maturidade perdem 1,6 pontos base para 0,363%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 240,7 pontos.

Euro regressa aos ganhos

A moeda da Zona Euro está a subir face ao dólar, subindo 0,31% para 1,1896 dólares. Esta semana, o Banco Central Europeu (BCE) reúne-se e os economistas consultados pela Bloomberg antecipam que, na conferência de imprensa após o encontro, Mario Draghi vai alertar para a apreciação do euro (desde o início do ano já cresce mais de 13%).

Destaque ainda no mercado cambial para o japonês iene e para o franco suíço que ampliam as suas valorizações enquanto activos de refúgio, depois de a Coreia do Sul ter revelado que detectou manobras por parte da Coreia do Norte para preparar o lançamento de um míssil balístico que poderá ser intercontinental. Por outro lado, a moeda da Coreia do Sul, o won, está em queda.

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão em queda nos mercados internacionais, numa altura em que algumas refinarias na área norte-americana do Golfo pretendem reiniciar as suas operações após o encerramento exigido pela passagem do furacão Harvey. Com a abertura das refinarias, a gasolina está em queda pela segunda sessão, recuando assim do maior ganho mensal desde Março do ano passado.

O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, cede 0,15% para 47,22 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para Portugal, desce 1,31% para 52,06 dólares por barril.

Ouro em máximos de 11 meses

A cotação do ouro está a subir (ganha 0,97% para 1.338,10 dólares por onça) tendo já tocado em máximos de 11 meses. A possibilidade de os Estados Unidos aplicarem novas sanções económicas que podem afectar a China, após o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, aumentou a procura dos investidores por activos considerados de refúgio, escreve a Bloomberg. O paládio chegou a subir para o valor mais elevado desde 2001 e o níquel tocou em máximos de 2015.

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