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Abertura dos mercados: Bons resultados da Apple abafados pelas tarifas à China. Petróleo acentua queda

Em dia de reunião da Fed, as notícias sobre o agravamento das tarifas comerciais dos Estados Unidos à China estão a anular o efeito dos resultados positivos da Apple. O petróleo volta a cair após a maior queda mensal em dois anos e o Banco do Japão está a fazer subir os juros da dívida europeia.

Reuters
01 de Agosto de 2018 às 09:29
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,09% para 5,614,88 pontos

Stoxx 600 recua 0,1% para 391,20 pontos

Nikkei valorizou 0,86% para 22.746,70 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2 pontos base para 1,76%

Euro estável nos 1,1691 dólares

Petróleo em Londres cai 0,66% para 73,72 dólares 

 

Guerra comercial abafa Apple

As bolsas europeias negoceiam em queda ligeira, com os bons resultados da Apple a travarem a sangria no sector tecnológico, sendo que este efeito positivo está a ser anulado por notícias de agravamento nas tensões comerciais entre os EUA e a China.  Segundo a Bloomberg, a administração de Trump terá uma nova ameaça pronta a ser lançada: as possíveis tarifas, já anunciadas, sobre 200 mil milhões de importações chinesas podem ser sujeitas a uma taxa de 25% em vez da de 10% inicialmente avançada.

O Stoxx600 desce 0,1% para 391,20 pontos, estando a ser penalizado pelas fabricantes de matérias-primas, que são penalizadas pela guerra comercial e descida dos preços do petróleo. A tecnológicas valorizam, com as acções da Apple a ganharem 4% no "after hours", depois da empresa que fabrica o iPhone ter anunciado lucros e estimativas que superaram as previsões dos analistas.

Em Lisboa o PSI-20 também negoceia em terreno negativo, com uma queda de 0,09% para 5,614,88 pontos, penalizado sobretudo pelos CTT. As acções dos correios caem 2,93% para 2,918 euros, depois de ter anunciado uma queda de 65% nos lucros do semestre.

Dólar avança em dia de reunião da Fed

O dólar segue estável face ao euro (a moeda única negoceia nos 1,1691 dólares) mas valoriza face às principais divisas mundiais, beneficiando com as notícias relacionadas com a guerra comercial, que têm motivado os investidores a refugiarem-se na moeda norte-americana. O índice do dólar valoriza 0,2%, sendo que no mercado cambial também se destaca o mínimo de Maio de 2017 que foi fixado pela moeda chinesa.

Os investidores estão hoje focados na reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA, sendo que o banco central norte-americano deverá deixar a taxa dos fundos federais inalterada esta quarta-feira, com o presidente da Fed a reiterar a intenção de continuar a normalizar as taxas de juro no país.

Japão pressiona obrigações soberanas

As obrigações soberanas na Europa estão em queda esta quarta-feira, pressionadas pela desvalorização das congéneres japonesas, já que a "yield" das obrigações do país tocaram em máximos de um ano e meio. Na sequência da reunião do Banco Central do Japão, os juros afundaram ontem, mas inverteram fortemente esta quarta-feira, com os investidores a testarem o compromisso da autoridade monetária em permitir a variação livre dos títulos.

Em resultado, a "yield" das obrigações alemãs a 10 anos atingiram um máximo de sete semanas, com uma subida de 2,6 pontos base para 0,47%. Em Portugal os juros dos títulos a 10 anos avançam 2 pontos base para 1,76%, pelo que o "spread" está estável em 129 pontos base.

Petróleo volta a cair após subida das reservas

O petróleo está a negociar em queda, depois das cotações já terem descido mais de 2% na terça-feira, reagindo ao inesperado aumento das reservas. O American Petroleum Institute (API) deverá hoje anunciar uma subida de 5,59 milhões de barris nos inventários de crude na semana passada, sendo que a maioria dos analistas apontava para uma redução.


O crude em Nova Iorque desce 0,81% para 68,20 dólares e o Brent em Londres cai 0,66% para 73,72 dólares. Estas quedas acontecem depois da matéria-prima ter descido cerca de 7% em Julho, naquela que foi a maior queda mensal em dois anos.


Ouro aprofunda tendência negativa 

O preço do ouro volta a perder terreno no arranque da sessão europeia, depois de ter fechado o mês de Julho a marcar o quarto mês consecutivo de saldo negativo. Ometal precioso está a cair 0,3% para 1,219.91 dólares a onça.

 

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