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Apple apresenta resultados acima do esperado e tranquiliza investidores das tecnologias

As acções da Apple estão a reagir em alta aos bons resultados do seu terceiro trimestre fiscal e à superação das estimativas do mercado para o período em curso. Era deste fôlego que os investidores estavam à espera para devolver ânimo ao sector tecnológico.

Reuters
31 de Julho de 2018 às 21:59
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A tecnológica liderada por Tim Cook reportou esta noite as contas do seu terceiro trimestre fiscal e as estimativas para o período em curso. Em ambas as frentes, os números agradaram e os investidores aplaudem, respirando de alívio uma vez que a Apple foi das últimas a apresentar resultados e os seus números estavam a ser vistos como a última aposta para travar a sangria das acções tecnológicas.

 

Um importante dado esperado por todos era o ‘guidance’ para o quarto trimestre da empresa, que está a decorrer e termina no final de Setembro, visto que inclui a venda dos seus novos aparelhos. E a estimativa da Apple saiu acima das projecções.

 

Segundo a empresa sediada em Cupertino (Califórnia), as vendas entre Julho e Setembro deverão ficar compreendidas entre 60 e 62 mil milhões de dólares, quando o consenso de mercado apontava para receitas médias de 59,4 mil milhões.

Além do mais, a Apple prevê para o mesmo período uma margem de lucro bruta entre 38% e 38,5%, contra estimativas médias de 38,2% por parte dos analistas inquiridos pela Bloomberg.

Mais de uma década após o seu lançamento, o iPhone continua a ser o produto mais importante da Apple, sendo responsável por mais de 60% das suas vendas. E no terceiro trimestre a empresa vendeu 41,3 milhões de iPhones, gerando receitas de 29,9 mil milhões de dólares.

 

Os analistas projectavam 41,6 milhões de iPhones vendidos entre Abril e Julho e um preço médio de venda de 699 dólares. Mas esse preço foi superior, o que entusiasmou os investidores: ascendeu a 724 dólares, em parte devido ao iPhone X, cujo preço começa nos 999 dólares e que continua a ser bastante vendido.

 

As receitas totais do terceiro trimestre aumentaram 17% face ao mesmo período do ano passado, para 53,3 mil milhões de dólares, quando os analistas esperavam 52,4 mil milhões.

 

Já o lucro por acção foi de 2,34 dólares, contra a média de 2,18 dólares prevista pelo consenso do mercado.

 

A receita dos serviços, rubrica que também é sempre observada com atenção, ascendeu a 9,55 mil milhões de dólares, mais 31% do que um ano antes e acima da projecção de 9,2 mil milhões feita pelos analistas. Esta categoria inclui a App Store, Apple Music, armazenamento na iCloud e Apple Pay.

 

A tecnológica quer expandir estas ofertas com vídeos originais e um serviço de subscrição de notícias, esperando que a rubrica dos serviços possa vir a ser um negócio anual de 50 mil milhões de dólares em 2021.

 

As acções da tecnológica estão a reagir em alta, seguindo a ganhar 3,68% na negociação fora de horas em Wall Street, para 197,30 dólares. A empresa encerrou a sessão regular desta quinta-feira a somar 0,20% para 190,29 dólares.

 

As restantes FAANG – Apple, Amazon e Alphabet (dona da Google) –, que já tinham encerrado a jornada de hoje em alta, dadas as expectativas de bons resultados para a Apple, seguem contagiadas pelos números agora apresentados pela empresa co-fundada por Steve Jobs e negoceiam também no verde.

 

O mercado segue atentamente a evolução da Apple em bolsa, com muitos analistas a acreditarem que poderá ser já na sessão desta quarta-feira que tecnológica atinge uma capitalização bolsista nunca antes alcançada por nenhuma empresa: um bilião de dólares.


(notícia actualizada às 22:27)

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