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Ouro fecha quarto mês consecutivo em queda e não há perspectivas de melhoria
As cotações do metal amarelo têm vindo a perder terreno nos últimos meses. O ouro detido pela China não parece ser suficiente para inverter a tendência e a ausência de pressões inflacionistas de relevo também não ajuda.
O preço do ouro tem estado a perder terreno nos principais mercados internacionais e fechou hoje o mês de Julho a marcar o quarto mês consecutivo de saldo negativo.
"Os investidores não estão muito inspirados no sentido de remarem contra a maré, numa altura em que o índice de volatilidade do ouro nos mercados de Chicago e de Nova Iorque continua a aliviar", sublinha a Bloomberg.
A gestora de activos Pimco prevê que os preços do ouro fiquem ainda mais baratos. Além do mais, a possibilidade de a China surpreender o mercado com um aumento do volume de ouro que detém poderá não ser suficiente para melhorar o sentimento dos investidores, refere a agência noticiosa.
Uma vez que, um pouco por todo o mundo, não se observam pressões inflacionistas suficientes para despertarem o interesse dos investidores por este metal precioso, a grande razão para ter ouro em mãos acaba por não existir, diz ainda a Bloomberg.
Por outro lado, acrescenta, a China não irá necessariamente anunciar um grande aumento do volume de ouro que tem em mãos, uma vez que pode manter a sua cobertura de risco reforçando a exposição ao dólar.
Em Julho, o ouro negociado nos EUA perdeu 2,17%, ao passo que no acumulado dos últimos quatro meses a queda ascende a 7,55%.
Desde o início do ano, o saldo também é negativo, com o metal amarelo a registar uma depreciação de 5,95%.