Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas europeias em queda apesar de "consenso" entre EUA e China
Pequim emitiu um comunicado a dar conta de que há “consenso” entre os EUA e China para resolver "assuntos importantes" nas negociações para um acordo comercial parcial.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,51% para 5.155,41 pontos
Stoxx 600 cede 0,09% para 407,73 pontos
Nikkei valorizou 0,35% para 23.373,32 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,5 pontos base para 0,355%
Euro desvaloriza 0,01% para 1,1013 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,02% para 63,66 dólares por barril
Bolsas europeias passam ao lado dos máximos de Wall Street
As bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, não conseguindo copiar o desempenho dos índices norte-americanos, que ontem atingiram novos máximos históricos. Na segunda-feira o sentimento em Wall Street foi impulsionado pelos desenvolvimentos positivos nas negociações entre os Estados Unidos e a China para um acordo comercial parcial e esta terça-feira há relatos de mais progressos.
Em comunicado após uma chamada telefónica esta terça-feira de manhã, o Ministério do Comércio chinês revelou que a China e os EUA "alcançaram consenso" em como resolver "assuntos importantes" e vão manter o contacto para ultrapassar os restantes obstáculos da "fase um" do acordo comercial.
"Há mais incentivos agora em ambos os lados para concluir o acordo comercial em comparação com a altura em que as negociações comerciais terminaram no início deste ano porque a economia chinesa desacelerou muito mais desde então e Trump tem à vista a campanha para a eleição de 2020", considera a analista do Pendal Group, Amy Xie Patrick, à Bloomberg.
O presidente chinês Xi Jinping assegurou na passada sexta-feira que Pequim quer chegar a um acordo comercial parcial (chamado de "fase um") com os Estados Unidos para resolver a disputa que se prolonga há vários meses. Por sua vez, o presidente norte-americano disse à Fox News que esse acordo comercial com a China estava "potencialmente muito próximo". Esta segunda-feira surgiram mais sinais animadores com a informação de que a China acedeu a reformular as regras de propriedade intelectual, uma das questões que tem dividido as duas maiores economias do mundo.
O Stoxx600 está a ceder 0,09% para 407,73 pontos, com o índice europeu a ser pressionado sobretudo pelas cotadas do setor dos transportes. Em Lisboa o PSI-20 segue com uma das quedas mais acentuadas da Europa (-0,51% para 5.155,41 pontos) e em mínimo de três semanas, pressionado pelas cotadas do grupo EDP.
Juros das obrigações descem pela terceira sessão
As taxas de juro das obrigações soberanas portuguesas estão a ceder terreno pela terceira sessão consecutiva, em linha com o desempenho positivo da dívida europeia, que continua a beneficiar com alguma aversão ao risco por parte dos investidores. A taxa genérica dos títulos a 10 anos desce 1,5 pontos base para 0,355%, com o prémio de risco face às bunds (-1,2 pontos base para -0,36%) a manter-se em redor dos 72 pontos base. Na dívida espanhola a 10 anos a "yield" desce 1,5% para 0,39%.
Dólar estável após discurso de Powell
O dólar segue estável face às principais divisas munidas e também contra do euro, com os investidores a analisarem o discurso do presidente da Reserva Federal, que forneceu mais pistas para a evolução futuro da política monetária. Jerome Powell disse que vê o "copo mais do que meio cheio" quando olha para a economia norte-americana, reforçando a ideia de que os juros diretores vão ficar inalterados por algum tempo. O euro desvaloriza 0,01% para 1,1013 dólares.
Petróleo estável apesar de estimativa de descida de stocks
Os preços do petróleo estão estáveis apesar dos progressos nas negociações comerciais entre EUA e China e da estimativa de uma descida nos stocks de crude nos Estados Unidos. A previsão da Bloomberg aponta para uma queda de 939 mil barris na semana passada, sendo que os dados oficiais serão conhecidos na quarta-feira.
O Brent em Londres soma 0,02% para 63,66 dólares por barril, enquanto na bolsa de Nova Iorque o WTI cede 0,09% para 57,96 dólares.
Ouro recupera de quatro sessões em queda
O metal precioso está a negociar em alta ligeira, recuperando de quatro sessões a fechar no vermelho, numa altura em que o ouro está a perder atratividade como ativo refúgio. O ouro está a subir 0,14% para 1.457,25 dólares a onça, embora a Capital Economics tenha estimado uma tendência negativa nas cotações do metal precioso ao longo do próximo ano devido aos níveis historicamente baixos das importações da China e da Índia.