O Governo francês do primeiro-ministro François Bayrou conseguiu esta quinta-feira ver aprovado o Orçamento do Estado para 2025, culminando um processo tumultuoso de vários meses que levou mesmo à queda do anterior primeiro-ministro, Michel Barnier.

O Senado, dominado pela direita e centro-direita, aprovou hoje o Orçamento com 219 votos a favor e 107 contra. Bayrou tinha forçado a passagem da proposta de Orçamento na Assembleia Nacional no início da semana, tendo conseguido sobreviver as moções de censura que se seguiram.

O ministro francês das Finanças, Eric Lombard, congratulou-se, em discurso no Senado, com a aprovação do que descreveu como um orçamento de "recuperação financeira" que visa reduzir o défice público para 5,4% do produto interno bruto (PIB) no final deste ano.

O Orçamento prevê uma redução de despesas na ordem dos 30 mil milhões de euros e 20 mil milhões de euros em "aumentos de impostos proporcionais à capacidade de cada pessoa contribuir", referiu.

A sobrevivência do Governo de Bayrou foi conseguida após quer a União Nacional, de Marine Le Pen, quer o Partido Socialista não terem apoiado as moções de censura apresentadas pela França Insubmissa e que foram votadas quarta-feira.

O orçamento da Segurança Social deverá ser aprovado da mesma forma, com o Governo a recorrer ao artigo que lhe permite aprovar o documento sem votação na Assembleia Nacional.