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Abertura dos mercados: Bolsas europeias caem depois de quatro sessões de ganhos. Petróleo conta "uma mão cheia" no verde
A Europa abriu com uma tendência indefinida, mas o índice de referência europeu acabou por resvalar para o vermelho. Já o mercado de petróleo continua a somar, avançando para a quinta sessão de ganhos.
O mercado em números
PSI-20 perde 0,40% para os 5.094,48 pontos
Stoxx 600 recua 0,23% para os 358,91 pontos
Nikkei ganhou 0,46% para os 20.883,77 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal agrava 1 ponto base para os 1,651%
Euro perde 0,03% para os 1,1452 dólares
Petróleo sobe 0,73% para os 63,21 dólares por barril em Londres
Bolsas europeias invertem ciclo de ganhos
As principais praças europeias dividem-se entre o verde e o vermelho, mas o pendor é maioritariamente negativo, com o índice de referência europeu, o Stoxx600, a desvalorizar 0,23% para os 358,91 pontos. No Velho Continente, as cotadas do setor automóvel e das matérias primas são as que apresentam pior desempenho nesta segunda-feira, 4 de fevereiro. Isto, numa altura em que várias incertezas, do Brexit à guerra comercial, passando também pelo abrandamento económico, continuam a marcar a agenda.
Por cá, a bolsa nacional segue a mesma trajetória descendente, ao perder 0,40% para os 5.094,48 pontos. Os “pesos pesados” BCP e Jerónimo Martins são das cotadas que mais pesam na negociação, na sombra da época de resultados e de turbulência nos respetivos setores.
Juros da dívida agravam
Embora as variações sejam ligeiras, a tendência generalizada entre os juros das obrigações europeias é de agravamento. A remuneração da dívida portuguesa a dez anos está nos 1,651%, 1 ponto base acima da última sessão. Em Itália, o agravamento é equivalente, na ordem dos 1,1 pontos base, para tocar nos 2,758%. Isto, numa altura em que o americano Citigroup realça o potencial de retorno da dívida portuguesa em relação à italiana, considerando que os ganhos das obrigações nacionais ultrapassam os da dívida de Itália. Este banco de investimento prevê ainda que o apetite pela dívida portuguesa aumente em 2019.
Na Alemanha o aumento é de 0,2 pontos base para os 0,160%, colocando o prémio da dívida portuguesa em relação à germânica nos 149,1 pontos.
Dados económicos impulsionam dólar
A moeda única europeia segue a perder 0,03% para os 1,1452 dólares, com a nota verde a sobrepor-se à maioria das divisas do G10 impulsionada pelos fortes dados económicos revelados pelos Estados Unidos na última sexta-feira.
Esta segunda-feira os investidores também vão estar atentos às palavras da presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, que vai falar sobre as perspetivas para a economia e a evolução da política monetária, menos de uma semana depois de o banco central ter decidido, sem surpresas, manter os juros diretores no atual intervalo entre 2,25% e 2,5%.
Petróleo no verde há cinco sessões
O barril de Brent, referência para a Europa e negociado em Londres, segue a subir 0,73% para os 63,21 dólares, tendo já tocado os 63,37 dólares, um máximo de 7 de dezembro. A matéria-prima valoriza depois de a produção nos Estados Unidos ter mostrado sinais de abrandamento e numa altura em que os cortes operados pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), tal como as sanções dos Estados Unidos sobre a Venezuela, afastam receios quanto a um excedente de produção.
Minério de Ferro recua com passo atrás dos portos chineses
Os futuros do minério de ferro caem 1,8% para os 83 dólares por tonelada na Singapore Exchange. A cotação do metal recua numa altura em que os investidores avaliam o impacto da queda da atividade portuária na China. A desvalorização acontece depois do metal ferroso ter disparado na sequência da decisão da gigante brasileira Vale de restringir a produção, após a rutura de uma barragem no Brasil.