Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas em alta após eleições na Holanda e subida dos juros nos EUA
As principais praças europeias negoceiam em terreno positivo no dia seguinte à vitória dos liberais de centro-direita na Holanda e à Fed ter reiterado que depois da subida ontem anunciada só pretende aumentar mais duas vezes os juros em 2017.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,48% para 4.594,50 pontos
Stoxx 600 ganha 0,54% para 377,12 pontos
Juros da dívida lusa a 10 anos sobem 22 pontos base para 4,22%
Euro cai 0,16% para 1,0717 dólares
Petróleo sobe 1,16% para 52,41 dólares, em Londres
Bolsas europeias sobem após derrota da extrema-direita na Holanda
As bolsas europeias começaram a sessão bolsista desta quinta-feira, 16 de Março, a negociar em terreno positivo, reagindo com optimismo à vitória dos liberais de centro-direita na Holanda.
Apesar de perder mandatos relativamente às eleições de 2012, o partido do primeiro-ministro Mark Rutte venceu as legislativas de ontem com margem folgada, derrotando assim o anti-União Europeia Partido da Liberdade, liderado pelo populista Geert Wilders.
Também a impulsionar as principais praças europeias está o anúncio ontem feito pela Reserva Federal dos Estados Unidos. No dia em que o banco central americano anunciou um novo aumento dos juros, reiterou ainda a intenção de em 2017 realizar apenas mais duas subidas do custo do dinheiro, o que conferiu um sentimento de maior estabilidade aos investidores europeus.
O índice de referência europeu Stoxx 600 segue a avançar 0,54% para 377,12 pontos, enquanto em Lisboa o PSI-20 soma 0,48% para 4.594,50 pontos. A animar a praça lisboeta está o BCP e a Galp, ao valorizarem 1,20% e 1,48% para 0,1602 e 13,74 euros, respectivamente. Nota também para a Sonae que está a crescer 1,55% para 0,852 euros depois de esta manhã já ter estado a ganhar quase 2% após ter divulgado à CMVM a obtenção de lucros de 215 milhões de euros em 2016, um aumento de 22,7% face ao período homólogo.
Euro perde contra o dólar após Fed confirmar subida dos juros
O euro está a desvalorizar 0,16% contra o dólar para 1,0717 dólares, isto depois de ontem a moeda única europeia ter atingido um máximo de cinco semanas face à divisa norte-americana ao negociar nos mercados cambiais nos 1,0746 dólares.
A desvalorização do euro verificada esta manhã acontece depois de esta quarta-feira a Reserva Federal dos Estados Unidos ter decretado um novo aumento dos juros, o que levou o dólar a valorizar face à generalidade das divisas.
Já a valorização ontem registada pelo euro em relação ao dólar justificou-se pelo facto de o banco central americano ter reiterado a intenção de realizar apenas mais dois aumentos dos custos do dinheiro em 2017, o que conferiu alguma estabilidade aos mercados.
Petróleo prossegue valorização depois de primeira queda das reservas americanas
Os preços do petróleo seguem novamente em alta nos mercados internacionais, com o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, a subir 1,15% para 49,42 dólares por barril, uma valorização que acontece pelo segundo dia seguido.
Ainda a apoiar a subida do crude está a primeira redução das reservas petrolíferas norte-americanas verificada em 2017. Segundo um relatório da Administração de Informação de Energia (AIE), as reservas petrolíferas dos Estados Unidos caíram em 237 mil barris na semana passada, variação que contrasta com a previsão dos analistas que apontava para a décima semana consecutiva de expansão.
Ouro e prata valorizam pelo segundo dia
Os preços do ouro e da prata estão a negociar em alta pelo segundo dia seguido, valorizações apoiadas pela política monetária de "pomba" reiterada ontem por Janet Yellen, líder da Fed.
O ouro sobe 0,41% e a prata avança 0,59%, com a Bloomberg a sustentar que os investidores estão a preferir apostar na prata relativamente ao metal dourado.
Por outro lado, a estimular o preço do ouro está a manutenção das taxas de juro reais (descontando a inflação) em valores negativos, o que reforça o valor de refúgio do metal precioso.