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Bolsas europeias em máximos de 2015

A Fed não deu sinais de que vai acelerar a subida de juros nos EUA. Na Holanda, o partido eurocéptico, que ameaçava referendar a permanência do país no euro, perdeu as eleições. Factores que renovaram os ânimos dos investidores na Europa.

16 de Março de 2017 às 11:42
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As bolsas europeias estão a subir e a renovar máximos de mais de um ano. O britânico Footsie está mesmo no valor mais elevado de sempre e o principal índice holandês, o AEX, está em máximos de 2007.

 

A determinar o entusiasmo entre os investidores estão os desenvolvimentos políticos na Europa e em relação à Reserva Federal (Fed) dos EUA. Esta última determinou um aumento de juros de 25 pontos base para 0,75% esta quarta-feira, 15 de Março, tal como era já esperado. E manteve as estimativas económicas, bem como as expectativas em relação às próximas subidas de juros. A entidade liderada por Janet Yellen prevê subir os juros mais duas vezes este ano.

A manutenção do ritmo de subida de juros moderado está a animar os investidores. Um entusiasmo que está a ser impulsionado pelos resultados eleitorais na Holanda.

 

Com 95% dos votos contados confirmam-se as projecções divulgadas após o fecho das urnas: o partido de centro-direita do primeiro-ministro Mark Rutte venceu as eleições, relegando a extrema-direita de Geert Wilders para a segunda posição.

 

Geert Wilders ameaçava referendar a permanência da Holanda na Zona Euro. Com a sua derrota, os receios em torno deste eventual foco de stress na Europa diminuíram.

 

O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, está a subir 0,63% para 377,47 pontos, tendo tocado no valor mais elevado desde Dezembro de 2015. Os ganhos sãos transversais aos vários sectores, mas a banca e as petrolíferas destacam-se.

 

BBVA, Santander e BNP Paribas sobem praticamente 3%. A Royal Dutch Shell e a Repsol estão a apreciar mais de 1,5%.

 

A reflectir este contexto está também a taxa de juro a 10 anos da Alemanha, que está a descer 5,3 pontos base para 0,467%, enquanto a maioria dos juros dos países europeus está a registar uma descida.

 

A descer está também o euro, ao recuar 0,06% para 1,0728 dólares, uma vez que com a subida de juros nos EUA os investimentos denominados em dólares tornam-se mais atractivos, uma vez que a remuneração média aumenta, o que fortalece a moeda verde. 

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