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Abertura dos mercados: BCE leva juros de Portugal para mínimos e banca penaliza bolsas europeias

O sentimento negativo é generalizado entre as principais praças europeias, numa altura em que as tensões no comércio global continuam a marcar a agenda. A cautela do BCE continua a pressionar em baixa os juros da dívida soberana.

Reuters
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Mercados em números
PSI-20 cai 0,03% para os 5.142,01 pontos

Stoxx600 cede 0,34% para os 368,51 pontos

Nikkei subiu 0,1% para 21.302,65 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1 ponto base para 1,504%

Euro valoriza 0,06% para 1,1317 dólares

Petróleo soma 0,03% para 66,52 dólares por barril em Londres 

 

Europa desce ao vermelho com banca a pesar 

O principal índice europeu, o Stoxx600, segue com numa queda de 0,34% para os 368,51 pontos, depois de duas sessões no verde. O sentimento negativo é generalizado entre as principais praças europeias, numa altura em que as tensões no comércio global continuam a marcar a agenda. Enquanto as relações entre os Estados Unidos e a China parecem evoluir favoravelmente, com ambas as nações a declararem progressos no âmbito do acordo comercial, Bruxelas veio esta segunda-feira ameaçar Washington de retaliação caso a maior economia do mundo decida impor tarifas sobre os automóveis importados a partir do Velho Continente.

 

O setor que mais se destaca pela negativa no Velho Continente é o da banca, que cede 0,95% no dia em que o gigante europeu HSBC revelou os resultados relativos a 2018, os quais ficaram aquém das expectativas dos analistas. O banco britânico atribui a falha à elevada turbulência vivida nos mercados, sobretudo durante o último trimestre.

 

Por cá, as quebras são ligeiras, com o PSI-20 a deslizar 0,03% para os 5142,01 pontos. O BCP e a Jerónimo Martins são os grandes pesos a penalizar, enquanto a EDP trava maiores perdas.

 

Juros de Portugal renovam mínimos de 2015 

A dívida soberana da Zona Euro continua a ser impulsionada pelo discurso que está a ser adotado por vários responsáveis de política monetária do Banco Central Europeu, que apontam para um adiamento no aumento de juros na região. Ontem foi a vez de Peter Praet, o economista-chefe do BCE, indicar que a autoridade monetária poderá alterar os planos de agravar as taxas de juro caso se confirme um abrandamento pronunciado da economia da região.

Francois Villeroy de Galhau, governador do Banco de França e também membro do BCE, admitiu recentemente que o abrandamento da Zona Euro é "significativo", o que poderá levar a que a autoridade monetária mude a orientação da política monetária.

Estas indicações estão a pressionar em baixa os juros das obrigações soberanas da Zona Euro (variam em sentido contrário à cotação dos títulos), o que justifica o novo mínimo atingido pelos juros da dívida portuguesa. A taxa de juro dos títulos a 10 anos desce 1 ponto base para 1,504%, o que corresponde a um novo mínimo de março de 2015.


Esta é já a sexta sessão seguida de descida nos juros das obrigações do Tesouro. Várias casas de investimento têm vindo a renovar as recomendações sobre a dívida portuguesa, que deverá ser uma das grandes beneficiadas do reinvestimento em dívida por parte do BCE, ao mesmo tempo que surge como uma boa aposta num período de instabilidade nos países periféricos (Espanha e Itália).

A tendência descida de juros também se verifica noutros países. A "yield" das bunds a 10 anos recua 0,7 pontos base para 0,106% e a taxa dos títulos italianos com a mesma maturidade cede 0,5 pontos base para 2,761%.

 

Euro recupera pela quarta sessão

Apesar de estarem a aumentar os receios com o abrandamento da economia da Zona Euro, a moeda europeia volta a conseguir recuperar algum terreno face ao dólar. Valoriza 0,06% para 1,1317 dólares, naquela que é já a quarta sessão consecutiva em alta. O dólar está a ser penalizado pela expectativa positiva sobre as negociações entre a China e os Estados Unidos, o que retirar atração pelo estatuto de refugio da moeda norte-americana.

 

Arábia Saudita impulsiona petróleo 

As cotações do petróleo voltam a negociar em alta, negociando em máximos de três meses, beneficiando com os dados que apontam para uma redução da oferta. De acordo com a Bloomberg, que cita dados de uma consultora, as exportações de petróleo por parte da Arábia Saudita desceram 1,3 milhões de barris por dia durante a primeira metade de fevereiro.

O Brent em Londres valoriza 0,03% para 66,52 dólares e o WTI em Nova Iorque avança 0,79% para 56,03 dólares.

 

Paládio renova recorde

O paládio volta a registar uma forte subida, tendo renovado recorde cada vez mais perto dos 1.500 dólares. A escassez de oferta e crescente procura por parte da indústria automóvel leva a matéria-prima a subir 2,3% para 1.491,14 dólares a onça. O ouro desce 0,1% para 1.326,04 dólares, aliviando de máximos de 10 meses.


Esta escalada do paládio tem sido sobretudo alimentada por uma forte escassez de oferta imediata numa altura em que as fabricantes automóveis tentam obter mais paládio de modo a cumprirem os controlos mais rígidos em matéria de emissões poluentes.

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