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Fecho dos mercados: Bolsas europeias terminam semana no vermelho depois de tumulto chinês

Numa semana marcada pela intervenção da China no mercado cambial, as bolsas europeias encerraram a sessão em queda ligeira, elevando a desvalorização no acumulado da semana para 2,7%. Euro e petróleo também desvalorizam.

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Global Traders Focused on Yuan Daily Fixing
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,09% para 5.560,84 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,12% para 386,24 pontos

S&P 500 sobe 0,14% para 2.086,34 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal avançou 2,1 pontos base para 2,431%

Euro cai 0,4% para 1,1107 dólares

Petróleo desce 0,57%, para 48,94 dólares por barril, em Londres

Bolsas regressam às quedas

As praças do Velho Continente terminaram a sessão em queda ligeira. O índice europeu Stoxx 600 desceu 0,12%. Numa semana que ficou marcada pela intervenção da China no mercado cambial, uma decisão que alarmou os investidores mundiais em relação ao verdadeiro estado da economia chinesa, as bolsas europeias registaram a primeira queda semanal em três semanas. O índice europeu desvalorizou 2,7% em cinco sessões, perante os receios de uma travagem mais brusca da economia chinesa. A penalizar a negociação na sessão de hoje estiveram sobretudo as acções do sector energético, num dia em que as cotações do Brent estão a desvalorizar.

Em Lisboa, o PSI-20, que ontem avançou mais de 2%, deslizou 0,09%, penalizado pelos títulos da energia. A petrolífera Galp caiu 1,92%, para 10,21 euros, enquanto a EDP desceu 0,48%, para 3,336 euros. A travar maiores quedas em Lisboa esteve a Jerónimo Martins. A retalhista disparou 3,15%, para 13,60 euros, depois do Morgan Stanley ter emitido uma nota de investimento onde vê potencial para a empresa. Além de ter subido o preço-alvo em dois euros, para 15 euros, aumentou ainda a recomendação para "overweight" de "equal-weight".

Prémio de risco baixa

Os juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida portuguesa aumentou na sessão desta sexta-feira, 14 de Agosto. A "yield" das Obrigações do Tesouro a 10 anos subiu 2,1 pontos base, para 2,431%, com os juros portugueses a acompanharem o movimento de subida um pouco por toda a Europa, depois do governo grego ter conseguido aprovar o terceiro programa de ajuda à Grécia, mas só com a ajuda da oposição. O primeiro-ministro Alexis Tsipras vai pedir um voto de confiança depois de 20 de Agosto. O juro das "bunds" alemãs a 10 anos subiu 3 pontos base, para 0,660%, num momento em que decorre o Eurogrupo. Ainda assim, o "spread" entre a dívida portuguesa e alemã caiu para 177 pontos base.

Euribor fixa novo mínimo histórico

Depois de seis sessões inalterada, a Euribor a três meses voltou a fixar um novo mínimo histórico, esta sexta-feira. A taxa a três meses negociou pela primeira vez em -0,025%, abaixo do anterior mínimo de -0,024%. O indexante continua a marcar novos recordes negativos, a reflectir a política monetária na Zona Euro.

Euro em queda pela segunda sessão

A moeda única europeia está a perder terreno face ao dólar pela segunda sessão consecutiva. O euro desliza 0,4% para 1,1107 dólares, com a moeda americana a ser suportada pela divulgação de bons indicadores económicos no país. Apesar da subida das duas últimas sessões, o euro prepara-se para encerrar a semana com uma subida de 1,29%, a maior valorização semanal em três meses. A sustentar a negociação da moeda europeia nas últimas cinco sessões esteve o anúncio surpreendente de uma desvalorização do yuan, por parte das autoridades chinesas, um anúncio que foi recebido com preocupação por parte dos investidores mundiais e que, na opinião dos especialistas, poderia levar o banco central americano a adiar uma subida de juros nos EUA.


Petróleo negoceia sem tendência definida

O petróleo está a negociar sem tendência definida esta sexta-feira. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para a Europa, está a recuar 0,57%, para 48,94 dólares por barril. Nos EUA, o West Texas Intermediate avança 0,52% para 42,46 dólares. O crude encaminha-se para registar a sétima semana de perdas consecutivas, a maior série semanal de perdas desde Janeiro. A semana foi marcada pela divulgação dos relatórios mensais da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que reiteraram a continuação do cenário de excesso de oferta de matéria-prima no mercado, que está a pressionar os preços.

 

China leva ouro a subir após sete semanas de queda

O ouro está a recuar 0,09% para 1114,10 dólares, esta sexta-feira. O metal precioso encaminha-se, contudo, para terminar a semana com um ganho de quase de 2%, a melhor semana desde Maio, após sete semanas consecutivas a recuar. O metal tornou-se mais atractivo como "investimento de refúgio", com o choque das decisões surpreendentes do Banco Popular da China de desvalorizar a moeda.

 

Destaques do dia

 

Portugal cresce acima da Zona Euro pelo quinto trimestre desde 2011. O PIB de Portugal está a crescer acima do verificado na Zona Euro há dois trimestres consecutivos, um registo pouco habitual uma vez que desde 2011 tal aconteceu apenas por cinco vezes

 

Eurogrupo quer FMI "a bordo" no terceiro resgate à Grécia. Os ministros das Finanças da Zona Euro já estão reunidos, em Bruxelas, para aprovar o terceiro resgate à Grécia, depois de o parlamento grego ter dado luz verde ao memorando de entendimento. À chegada, os ministros insistiram na importância de ter o FMI envolvido no empréstimo internacional.

 

Portugal emite até mil milhões em dívida de curto prazo. O IGCP vai realizar, a 19 de Agosto, um duplo leilão de bilhetes do Tesouro com maturidades de 3 e 11 meses, numa operação com a qual pretende encaixar até mil milhões de euros.

 

Polónia leva Morgan Stanley a avaliar a Jerónimo Martins em 15 euros. O banco de investimento norte-americano acredita que tanto as receitas como os lucros da Biedronka devem começar a acelerar nos próximos meses. Por isso, reviu em alta a avaliação da empresa portuguesa. A Jerónimo Martins está a brilhar no PSI-20.

 

O que vai acontecer segunda-feira

 

PIB do Japão. O Japão publica a evolução do produto interno bruto (PIB) no segundo trimestre. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipam que a economia japonesa terá contraído 1,8%, face ao período homólogo.

 

Balança comercial da Zona Euro. O Eurostat publica, esta segunda-feira, o saldo da balança comercial na Zona Euro, em Junho.

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