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S&P revê em alta rating do BCP para dois níveis acima de "lixo"

Num relatório mais abrangente sobre a banca portuguesa, a agência subiu a notação do banco para BBB, com outlook positivo. Santander e BPI mantiveram o rating, mas com avaliação favorável.    

A administração do banco quer elevar o “payout” para 50%.
João Cortesão
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A S&P Global Ratings reviu em alta esta sexta-feira a notação do BCP, num relatório mais abrangente sobre a banca nacional, assinalando "as dinâmicas mais fortes de financiamento do sistema" bancário.

A agência elevou os ratings de crédito de curto e longo prazo do maior banco privado português em um patamar para BBB/A-2 face a BBB-/A-3, com outlook positivo.

"O ‘upgrade’ reflete o alívio dos riscos do setor no sistema e a melhoria do perfil de risco de crédito do banco", diz a S&P, colocando o rating do BCP dois patamares acima do nível considerado de investimento especulativo, ou "lixo".   

A agência destaca que o BCP reduziu para metade o "stock" de exposição ao crédito malparado desde o final de 2019 para um rácio de 3,4% no final de junho, apresentando uma sólida rentabilidade, melhorando a sua capitalização e mantendo um perfil de financiamento equilibrado.         

A agência antecipa que o banco "vai continuar a beneficiar de uma forte capacidade [de geração] de lucros e uma eficiência melhor que a dos pares, o que deve por sua vez continuar a suportar a sua capitalização, apesar da distribuição aos acionistas mais elevada e potenciais recompras de ações".

Na quinta-feira, foi a DBRS Morningstar a rever em alta o rating do BCP de BBB para BBB (high), com outlook estável, justificando a subida com a melhoria na qualidade dos ativos, nos resultados líquidos e na capitalização do banco.

Quanto à S&P, também se pronunciou sobre outros três bancos portugueses, afirmando os ratings de longo prazo do Santander Totta e BPI (com outlook positivo), e do Haitong (com outlook em desenvolvimento), numa apreciação globalmente favorável sobre a banca nacional. No caso do Santander e do BPI, a agência melhorou o rating do perfil de crédito "stand-alone" (SACP na sigla em inglês).  

"Os bancos portugueses têm mantido um sólido perfil de financiamento, com os empréstimos face aos depósitos a continuarem [com um rácio] abaixo de 80% a 30 de junho", refere a S&P. O reforço do perfil de crédito soberano do país e os indicadores financeiros dos bancos "vão continuar a suportar o sentimento positivo do mercado em relação aos bancos portugueses".         

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