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Abertura de mercados: Bolsas com variações pouco acentuadas à espera da Grécia

As bolsas estão pouco definidas, tal como o mercado de dívida e o euro. Os investidores estão a aguardar pelo resultados do referendo na Grécia, numa altura em que a incerteza sobre o resultado é grande.

Reuters
03 de Julho de 2015 às 08:34
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,06% para 5.620,84 pontos

Stoxx 600 cai 0,23% para 384,56 pontos

Nikkei valorizou 0,08% para 20.539,79 pontos (só na abertura)

"Yield 10 anos de Portugal recua 2,1 pontos base para 2,988%

Euro avança 0,09% para 1,1094 dólares

Petróleo cai 0,37% para 61,84 dólares por barril, no mercado londrino

  

Bolsas europeias com oscilações pouco acentuadas à espera do referendo 

Os investidores estão expectantes em relação ao resultado do referendo de domingo na Grécia. Alexis Tsipras já afirmou que vai a Bruxelas na segunda-feira negociar um programa para Atenas com os credores independentemente da resposta dos gregos. Mas há muita especulação em torno do impacto de um "não" vencedor. A marcar a sessão está também o facto de os mercados bolsistas dos EUA estarem encerrados devido à antecipação da comemoração do dia da Independência, o 4 de Julho. 

Este nível de incerteza está a provocar oscilações pouco acentuadas nas bolsas europeias. O Stoxx600 está a perder 0,23% para 384,56 pontos, mas entre os principais índices há bolsas a subirem e outras a caírem, sempre com variações inferiores a 0,5%.

Na bolsa nacional, o cenário é idêntico, com o PSI-20 a subir apenas 0,06%, com banca a subir e energia a cair. E, mais uma vez. com oscilações pouco acentuadas. 

 

Mercado de dívida aguarda resultado do referendo

As oscilações no mercado de dívida europeia não têm sido expressivas nos últimos dias, devido ao impasse que se vive na Grécia. Atenas tem o referendo no domingo, onde os gregos vão dizer "sim" ou "não" às propostas dos credores internacionais. O desfecho deste referendo é já visto como um marco histórico na Europa.

A taxa de juro a 10 anos associada à dívida nacional está a cair 2,1 pontos base para 2,988%, regressando assim abaixo dos 3%, o que está a levar a uma descida do spread face à dívida alemã para 215,21 pontos. Em Espanha a "yield" também desce 2,4 pontos para 2,288% e na Grécia a subida é de 7,0 pontos para 14,802%.
 

Euro cai pelo segunda semana consecutiva
A moeda única europeia prepara-se para terminar a segunda semana consecutiva a cair. A situação da Grécia e os receios em relação aos desenvolvimentos da situação têm pressionado o euro, que está a acumular uma queda semanal superior a 0,5% contra o dólar. A perspectiva de que a Fed comece a subir juros e que a política monetária nos EUA se torno muito mais atractiva para os investimentos do que a do BCE também tem condicionado a negociação cambial. Esta sexta-feira, o euro sobe 0,09% para 1,1094 dólares.

 

Petróleo prepara-se para registar a maior queda desde Março 

Os preços do petróleo continuam em queda, essencialmente devido à expectativa em torno de aumento do fornecimento. Em causa estão os dados conhecidos esta semana nos EUA sobre o mercado petrolífero, que aponta para um aumento das reservas, o que está a condicionar a negociação desta matéria-prima, num dia de ausência de notícias nos EUA.

 
O Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a cair 0,37% para 61,84 dólares e o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está a ceder 0,61% para 56,56 dólares, acumulando uma queda superior a 5% na semana, a maior desde Março.

Grécia e Fed condicionam matérias-primas
O ouro está a cair, pressionado pela expectativa de aumento dos juros por parte da Fed. Esta matéria-prima serve, muitas vezes, de refúgio em alturas de maior incerteza e de juros baixos (que tornam os investimentos em moeda menos atractivos). Com a expectativa de melhoria da economia e subida dos juros, o ouro perde esta função, já que há outros activos com potenciais de retorno maiores. 

Mas não é apenas o ouro a cai. O níquel também está a perder terreno pela sexta semana consecutiva, o que corresponde ao maior ciclo de quedas semanais desde Abril. Neste caso são os receios em torno da Grécia e do impacto dos desenvolvimentos na economia que estão a pesar na negociação.

 

Destaques do dia

Uma votação que pode mudar a história do euro. Choques de sondagens e de argumentos, fora e dentro da Grécia, e manifestações pró e contra o acordo em Atenas evidenciam o dramatismo associado ao referendo de domingo. Nunca uma votação numa capital terá tido tanta relevância para o euro.

FMI: Grécia precisa de pelo menos 36 mil milhões da Europa. O Fundo Monetário Internacional efectuou uma análise à sustentabilidade da dívida pública da Grécia, tendo concluído que será necessário um "haircut" caso o país não implemente reformas e que a Europa tem de emprestar pelo menos 36 mil milhões de euros ao país.

 

BCE vai comprar dívida das empresas públicas portuguesas IP e ENMC. Além da dívida soberana, o BCE vai passar a comprar obrigações de empresas estatais. Em Portugal, a IP e a ENMC foram as eleitas pela autoridade monetária. Ambas aplaudem os menores custos de financiamento que poderão vir a obter em novas emissões.

O que vai acontecer hoje

Bolsas fechadas nos EUA – Os mercados norte-americanos estarão encerrados em antecipação ao Dia da Independência, feriado nacional de 4 de Julho.

 

PMI da Zona Euro – Será revelado o índice de gestores de compras (PMI) da Markit para os serviços, relativo a Junho. A estimativa final deverá revelar uma manutenção nos 54,4 pontos, de acordo com os analistas consultados pela Bloomberg.

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