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Sanções dos EUA à Rússia podem afectar produção. Petróleo recupera

Os EUA avançaram com sanções sobre o gigante de leste. A produção de petróleo russa pode sofrer com as limitações ao nível da tecnologia. Os preços da matéria-prima afastam-se agora do terreno negativo.

Reuters
09 de Agosto de 2018 às 12:01
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As sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia podem pôr a produção russa de crude em risco no longo prazo, avança a Bloomberg. As cotações do Brent invertem agora das fortes quedas da última sessão, e somam 0,19% para os 72,42 dólares.

As penalizações avançadas por Trump esta quarta-feira recaem sobre produtos "sensíveis" em termos de segurança nacional e tecnologia. Esta última vertente torna-se um problema para Moscovo, uma vez que a indústria petrolífera russa está muito dependente de equipamento estrangeiro. O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, referiu-se a esta dependência como "um problema sério" no início deste mês, de acordo com a agência de notícias russa Interfax.

De acordo com o director do sector de Petróleo e Gás na Fitch, Dmitry Marinchenko, se as sanções afectarem directamente a indústria russa pode existir um impacto significativo.

Os EUA anunciaram esta quarta-feira que avançariam com penalizações contra o país de Putin no próximo dia 22 de Agosto, na sequência do envenenamento do espião russo, Sergei Skripal, e da sua filha Yulia, que teve lugar no Reino Unido, onde moravam, no passado mês de Março. O espião foi agente duplo ao serviço dos serviços de informação britânicos ao longo dos anos 1990 e já neste século, tendo vendido segredos do Kremlin ao MI6.

Na altura do envenenamento, assistiu-se à expulsão de diplomatas russos de vários países, desde os EUA ao Reino Unido, entre outros, expulsões estas que foram retaliadas pela Rússia na mesma moeda. Contudo, o gigante de leste negou qualquer envolvimento no ataque.

 

Para além destas ameaças, outras "sanções esmagadoras" podem estar a caminho, desta vez como retaliação à alegada interferência do Governo de Putin nas eleições americanas de 2016, nas quais Trump se tornou presidente da maior economia do mundo.

 

A pesar negativamente nas cotações do petróleo estão ainda as novas sanções aplicadas por Trump, no caso, em relação à China. Pequim fez saber esta quarta-feira que, no próximo dia 23 de Agosto, irá retaliar a imposição de tarifas planeada por Trump, e aplicará uma taxa sobre 16 mil milhões de dólares de importações americanas, actuando, entre outros, sobre os produtos petrolíferos.

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