Notícia
Riade aponta o caminho à OPEP+: quer cortar produção em mais de 1 milhão de barris
A Arábia Saudita quer que os países que compõem o cartel petrolífero acordem um corte de produção superior a 1 milhão de barris por dia, para voltar a equilibrar os preços. No entanto, terá pela frente a oposição do costume: a Rússia.
A Arábia Saudita está a pressionar a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados, liderados pela Rússia) para que os países que compõem o cartel petrolífero concordem com um corte de produção de mais de 1 milhão de barris por dia, na reunião de dois dias que terá início amanhã, dia 5 de março, segundo a Bloomberg.
Contudo, este corte - acima das recomendações anteriores do comité técnico da organização que apontava para cortes entre os 600 mil e 1 milhão de barris por dia - poderá ter a oposição de um outro peso pesado da OPEP+: a Rússia.
De um lado, Riade almeja um aumento de preços da matéria-prima, porque a sua economia depende essencialmente do petróleo e a sua coqueluche petrolífera, a Saudi Aramco, só tem a ganhar com a subida de preços. Do outro, Moscovo disse estar satisfeita com os preços atuais do petróleo e que preferia esperar mais algum tempo antes de agir.
Para já, os preços da matéria-prima beneficiam com esta vontade saudita e aceleraram os ganhos depois da notícia. O Brent ganha 0,98% para os 52,36 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) avança 1% para os 47,65 dólares.
Os preços de ambos os ativos sofreram a maior queda semanal desde 2011, na passada semana, devido ao pânico gerado pela forte propagação da epidemia Covid-19 para fora do território chinês, principalmente na Europa. Desde que o coronavírus começou a ser notado nos mercados, a 20 de janeiro, o preço do Brent desvalorizou 20,6% e o do WTI caiu 19,8%.
Por esta razão, o comité técnico da OPEP+ recomendou uma robusta adição aos cortes de produção em vigor (de quase 1,7 milhões de barris diários), mas ainda não houve "fumo branco" no cartel, que chegou a ponderar convocar uma reunião extraordinária em meados de fevereiro para avançar com medidas. Mas dada a relutância soviética, essa ideia foi posta de lado.
Agora, importa saber de que lado é que estão os restantes 22 países - 13 membros da OPEP e os seus nove aliados. Historicamente, a tendência é que a mão forte da Arábia Saudita dentro do seio do cartel leve a melhor, até porque é conveniente para os restantes membros que os preços sejam mais elevados.
Para além do impacto do coronavírus na procura por petróleo, a situação na Líbia será também um dos pontos a ser negociado na reunião.
Contudo, este corte - acima das recomendações anteriores do comité técnico da organização que apontava para cortes entre os 600 mil e 1 milhão de barris por dia - poderá ter a oposição de um outro peso pesado da OPEP+: a Rússia.
Para já, os preços da matéria-prima beneficiam com esta vontade saudita e aceleraram os ganhos depois da notícia. O Brent ganha 0,98% para os 52,36 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) avança 1% para os 47,65 dólares.
Os preços de ambos os ativos sofreram a maior queda semanal desde 2011, na passada semana, devido ao pânico gerado pela forte propagação da epidemia Covid-19 para fora do território chinês, principalmente na Europa. Desde que o coronavírus começou a ser notado nos mercados, a 20 de janeiro, o preço do Brent desvalorizou 20,6% e o do WTI caiu 19,8%.
Por esta razão, o comité técnico da OPEP+ recomendou uma robusta adição aos cortes de produção em vigor (de quase 1,7 milhões de barris diários), mas ainda não houve "fumo branco" no cartel, que chegou a ponderar convocar uma reunião extraordinária em meados de fevereiro para avançar com medidas. Mas dada a relutância soviética, essa ideia foi posta de lado.
Agora, importa saber de que lado é que estão os restantes 22 países - 13 membros da OPEP e os seus nove aliados. Historicamente, a tendência é que a mão forte da Arábia Saudita dentro do seio do cartel leve a melhor, até porque é conveniente para os restantes membros que os preços sejam mais elevados.
Para além do impacto do coronavírus na procura por petróleo, a situação na Líbia será também um dos pontos a ser negociado na reunião.