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Produtores de petróleo reafirmam corte na produção após acusações dos EUA

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, avançou que "mais do que um" membro da OPEP foi coagido pela Arábia Saudita. Os países rejeitam.

Há vários fatores prontos a entrar em ação que poderão manter as cotações do “ouro negro” em alta.
Fabian Bimmer/Reuters
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Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os parceiros da OPEP+ reafirmaram a estratégia de redução da produção da matéria-prima, que foi decidida este mês e alvo de críticas pela Casa Branca. As tensões têm-se intensificado entre Riad e Washington, que acusa a Arábia Saudita de pressionar as outras nações para a mudança.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou na passada quinta-feira que "mais do que um" membro da OPEP foi coagido pela Arábia Saudita a votar, criticando o corte por contribuir para um aumento das receitas da Rússia e consequente diminuição da eficácia das sanções.

Vários países rejeitam, no entanto, a acusação. É o caso do Iraque, o segundo maior exportador da OPEP, sublinhou que a decisão teve por base indicadores económicos e foi tomada por unanimidade, num comunicado citado pela Reuters.

"Há total consenso entre os países da OPEP+ de que a melhor abordagem para lidar com as condições do mercado petrolífero durante o atual período de incerteza e falta de clareza é uma abordagem preventiva que apoie a estabilidade do mercado e dê uma orientação necessária para o futuro", refere o comunicado da petrolífera estatal iraquiana SOMO.

Da mesma forma, também o Omã e o Bahrein disseram em declarações separadas que a OPEP+ foi unânime na decidisão sobre a redução de 2 milhões de barris por dia. O ministro da Energia da Argélia classificou a decisão tomada a 5 de outubro como "histórica".

O corte acontece apesar do aperto no mercado de petróleo com os "stocks" nas principais economias níveis reduzidos. Ainda assim, os analistas consideraram que a a redução poderia ajudar a atrair investidores e, assim, a combater a recente volatilidade.

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