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Petróleo regressa às quedas

Os preços do petróleo estão novamente a cair nos mercados internacionais. Ontem, o ministro do petróleo saudita e o seu homólogo venezuelano estiverem reunidos para debater formas de cooperarem para estabilizar o mercado.

Bloomberg
08 de Fevereiro de 2016 às 11:28
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Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desce 2,43% para 30,14 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, recua 2,23% para 33,31 dólares por barril.

Este domingo, 7 de Fevereiro, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e um dos maiores produtores mundiais da matéria-prima, esteve reunido com o seu homólogo venezuelano, de acordo com um comunicado do ministério saudita. Os dois governantes estiveram a debater formas de cooperarem no sentido de estabilizarem o mercado. Contudo, não foram divulgados quaisquer detalhes que possam indicar que passos podem ser dados nesse sentido.

Os preços do petróleo há vários meses que estão a cair. Apenas há alguns dias, no final de Janeiro, os preços da matéria-prima estava abaixo dos 30 dólares por barril em ambos os mercados.

Este encontro entre o ministro saudita do petróleo, Ali Al-Naimi, e do ministro venezuelano, Eulogio del Pino, surge poucos dias depois do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, ter revelado que um acordo para a estabilização do petróleo estava próximo. Os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os países produtores que não integram o organismo estão próximos de um acordo que estabilize o preço do petróleo, anunciou hoje o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

"Estamos muito próximos de chegar a um acordo entre os países da OPEP e os não membros", revelou à imprensa em Caracas. As declarações coincidem com a visita do ministro venezuelano do Petróleo, Eulogio del Pino, à Rússia, ao Qatar, ao Irão e à Arábia Saudita, para promover "preços justos" do petróleo, que, segundo a Venezuela, deverá ser de 70 dólares o barril.

Para Eugen Weinberg, líder da área de matérias-primas do Commerzbank, "os preços baixos do petróleo parecem atrair mais compras especulativas". Em declarações à Bloomberg, o responsável assinalou ainda que a tentativa da Venezuela de estabelecer um diálogo entre os membros da OPEP e os países que não pertencem ao cartel "estava condenadas desde o início". "Mas mostra como estão desesperados alguns dos países exportadores de petróleo", acrescentou.

A queda do preço do barril levou a que muitos dos países que dependem fortemente das receitas das vendas ao exterior da matéria-prima revissem em baixa os seus orçamentos.

O excesso de oferta que existe no mercado tem pressionado a cotação do "ouro negro". Um eventual aumento das exportações por parte do Irão, após o levantamento das sanções económicas impostas ao país devido ao seu programa nuclear, tem sido um dos focos de preocupação do mercado pois pode agravar o excesso já existente.

 

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