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Petróleo dispara 6% apesar do aumento das reservas nos EUA

As reservas de petróleo nos Estados Unidos voltaram a aumentar, na semana passada, renovando máximos históricos dos inventários. Apesar do aumento superior ao esperado, a queda do dólar dá ganhos expressivos ao petróleo.

Bloomberg
03 de Fevereiro de 2016 às 16:22
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O petróleo segue a negociar com fortes ganhos. Apesar dos inventários nos EUA terem atingido novos máximos, a queda do dólar está a beneficiar os preços do ouro negro. O West Texas Intermediate segue a valorizar 6,76% para 31,90 dólares em Nova Iorque. Já o Brent, negociado em Londres, avança 5,78% para 34,61 dólares.

"Os inventários do crude estão acima de 500 milhões de barris, mas os mercados estão mais interessados no dólar. A Fed é que está a direccionar o mercado de petróleo", observou o presidente da Schork Group, Stephen Schork, citado pela Bloomberg. O dólar segue a desvalorizar 1,71% face ao euro, após os dados do sector dos serviços terem saído abaixo do esperado, o que aumenta a expectativa que a Reserva Federal dos EUA suba as taxas de juro de forma mais lenta.

Esta valorização do petróleo ocorre após a actualização semanal dos inventários dos EUA, publicada pela Administração de Informação de Energia, esta quarta-feira. As reservas aumentaram em 7,79 milhões de barris, na semana passada, pela quarta semana consecutiva, superando largamente as estimativas dos analistas. A previsão recolhida pela Bloomberg apontava para um aumento de quatro milhões de barris. Na terça-feira, o Instituto Americano do Petróleo falava num aumento de 3,8 milhões de barris.

Após a publicação destes dados, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, inverteu brevemente a tendência de subida, recuando ligeiramente. Mas rapidamente regressou aos ganhos, à medida que o dólar ia perdendo valor.

Além do efeito da queda do dólar, moeda em que a matéria-prima é transaccionada, há outro factor a dar suporte ao ouro negro. A intenção da Rússia de debater um acordo global para cortar a produção, reiterada esta quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, está a impulsionar as cotações, que corrigem também das fortes quedas das duas sessões anteriores. Os analistas antecipam que os preços podem acelerar cerca de 50% até ao final do ano, à medida que as produtoras norte-americanas esmagam a sua produção.

 
(Notícia actualizada às 19:28 com novas cotações do preço do petróleo)

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