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Petróleo recua mais de 2% nos mercados internacionais pressionado pela Líbia, Omã e Estados Unidos

A queda dos preços acontece no dia em que o escoamento de petróleo da Líbia foi normalizado e Omã anunciou que pretende aumentar a sua produção. Nos Estados Unidos, os dados mais recentes mostram uma redução do número de plataformas em funcionamento.

Bloomberg
23 de Fevereiro de 2015 às 13:46
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O petróleo está em queda nos mercados internacionais esta segunda-feira, 23 de Fevereiro. O barril de Brent, de referência para Portugal, recua 2,21% para 58,89 dólares em Londres, enquanto o barril de West Texas Intermediate perde 3,07% para 49,25 dólares em Nova Iorque.

 

O petróleo já recuou mais de 40% nos mercados internacionais nos últimos seis meses. A queda acontece devido à especulação de que o actual nível de produção vai superar a procura no curto e médio prazo. 

 

"Ainda existe um desequilíbrio entre a oferta e a procura. Provavelmente em menos de seis meses a capacidade de armazenamento global vai ficar preenchida", disse à Bloomberg Jean Medecin da Carmignac Gestion. 

 

As quedas acontecem num momento em que foi retomada a exportação de petróleo da Líbia. O escoamento de produção nos campos no leste do país do Norte de África para o porto de Hariga tinha sido interrompido após um incêndio num pipeline, mas o problema ficou resolvido. A Líbia é actualmente o menor produtor entre os 12 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), produzindo 300 mil barris diários.

 

Ao mesmo tempo, Omã - o maior produtor no Médio Oriente fora da OPEP – anunciou planos para aumentar a produção este ano. O governo anunciou este fim-de-semana que pretende aumentar a produção para os 980 mil barris diários, um aumento em 4% face aos valores de 2013.

 

Já nos Estados Unidos, a queda do preço do petróleo levou o número de plataformas petrolíferas em funcionamento a cair para um mínimo de mais três anos e meio, desde Junho de 2011. Agora existem 1.019 plataformas a extrair petróleo, menos 37 face à semana passada.

 

Vários analistas têm apontado que a OPEP está a forçar a queda do preço do petróleo nos mercados para colocar travão ao aumento da produção nos Estados Unidos, actualmente em máximos de 30 anos.

 

Enquanto isso, o sindicato do sector US United Steelworkers vai retomar esta semana negociações com as petrolíferas. Neste momento, o sector petrolífero norte-americano vive a maior greve desde 1980. A greve afecta quase 20% da capacidade de refinação do país. A greve dura desde o início de Fevereiro e os trabalhadores já recusaram várias propostas das companhias.

 

Apesar da queda das cotações de petróleo, os preços do combustível voltaram a subir esta semana, a quinta subida consecutiva. Isto deve-se ao preço da gasolina e do gasóleo ter registado uma valorização nos mercados internacionais na semana passada.

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