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Petróleo cai quase 2% com aumento das reservas e dúvidas sobre acordo

A matéria-prima está a ser penalizada pelo aumento das reservas nos EUA, num momento em que crescem as dúvidas em relação a um possível acordo entre os principais produtores de crude para congelar a produção.

14 de Abril de 2016 às 09:08
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Os preços do petróleo prolongam as descidas da última sessão, com a matéria-prima a cair perto de 2% nos mercados internacionais. A penalizar a negociação está o aumento das reservas, num momento em que se aproxima a reunião de produtores para tentar congelar a produção nos níveis actuais.


O crude, negociado no mercado nova-iorquino, cai 1,92% para 40,96 dólares por barril. Já o Brent, em Londres, desce 1,63% para 43,46 dólares por barril, depois de ter sido divulgado um aumento das reservas nos EUA para máximos de mais de oito décadas.


Os inventários cresceram 6,6 milhões de barris na última semana para 536,5 milhões, o valor mais elevado desde 1930, segundo os dados divulgados pelos EUA. Este aumento ficou acima das previsões dos analistas consultados pela Bloomberg.


A pressionar as cotações está ainda a expectativa em torno do encontro que decorre no próximo fim-de-semana. Os principais produtores de petróleo mundiais reúnem-se em Doha para tentarem negociar o congelamento da produção, de modo a travar a tendência de queda das cotações da matéria-prima.


No entanto, há muitas dúvidas em relação à capacidade de ser alcançado um entendimento, sobretudo perante a oposição do Irão em cortar a sua produção. Depois de anos de sanções económicas, o país está agora a começar a aumentar as suas exportações, tendo-se já mostrado indisponível para participar num plano que implique ter que reduzir a sua produção.


"Mesmo que haja um acordo, há dúvidas sobre como será implementado", explicou Michael McCarthy, estratego da CMC Markets, citado pela Bloomberg. O mesmo especialista realça ainda que "o potencial para ganhos sustentados dos preços é limitado enquanto as reservas permanecerem tão elevadas".

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