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Petróleo acentua queda com especulação que confronto no Iémen não vai afectar oferta

A especulação que os ataques aos rebeles no Iémen não vão afectar a oferta de petróleo está pressionar a cotação do crude. O Brent do Mar do Norte negoceia abaixo dos 58 dólares por barril.

Bloomberg
27 de Março de 2015 às 15:29
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Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a aprofundar a queda registada no início da manhã. O West Texas Intermediate cai 3,27% para 49,75 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 2,43% para 57,75 dólares por barril.

 

A determinar a cotação do "ouro negro" está a especulação que os ataques aos rebeldes no Iémen não vão afectar a oferta da matéria-prima. Esta quinta-feira, 26 de Março, a Arábia Saudita, liderando uma coligação de dez estados, bombardeou as posições dos rebeldes no Iémen, uma operação militar designada de "Tempestade Decisiva". Os rebeldes xiitas, alvos nesta operação, já controlam a maior parte da região ocidental do Iémen.

 

Ontem, meios de comunicação social internacional avançavam a possibilidade de Riade estar a preparar o envio de 150 mil homens para o Iémen para conter os avanços territoriais alcançados pelos rebeldes huthis. Ainda assim, o Goldman Sachs considera que esta situação não vai ter um efeito no curto prazo no fornecimento mundial de petróleo.

 

"A instabilidade no Iémen continua, mas os receios de interrupção da oferta de petróleo na zona aliviaram de alguma forma", defende também Michael Poulsen, da Global Risk Management na Dinamarca, à Bloomberg.

 

Analistas divididos

 

As previsões de Paul Horsnell da Standard Chartered apontam que o barril de petróleo vai atingir os 90 dólares no último trimestre deste ano. Por outro lado, Francisco Blanch do Bank of America acredita que vai atingir os 58 dólares por barril no final do ano. No entanto, há apenas seis meses as estimativas destes dois responsáveis distinguiam-se em apenas um dólar.

 

A Bloomberg escreve que esta divergência representa uma tendência crescente entre os analistas do sector energético. As previsões dos analistas falharam em antecipar a queda que os preços que acabou por reduzir a cotação do "ouro negro" para cerca de metade, isto depois de o petróleo de xisto nos Estados Unidos ter elevado sua a produção para máximos de 30 anos.

 

"O que realmente mudou o mercado foi a decisão saudita de não continuar a equilibrar a oferta para manter os inventários constantes", revelou Francisco Blanch.

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