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Petróleo afunda para mínimos de Outubro de 2017

O aumento das reservas de petróleo norte-americanas e as dúvidas em torno do impacto do corte de produção da OPEP estão a manter os preços da matéria-prima sob pressão. O Brent está em mínimos de Outubro de 2017.

18 de Dezembro de 2018 às 10:09
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Os receios em torno de um aumento da produção de petróleo nos EUA e a incerteza de qual será o impacto dos cortes de produção planeados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo estão a pressionar os preços do "ouro negro". As cotações estão em mínimos de mais de um ano.

 

Neste cenário, o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, está a cair 3,36% para 57,60 dólares por barril, mas já chegou a tocar 57,20 dólares durante a sessão – o valor mais baixo desde Outubro de 2017.

 

Já no caso do West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, os preços estão a afundar 3,27% para 48,23 dólares. Mas já caíram para 47,84 dólares, um mínimo de Setembro de 2017.
"Os mercados estão confusos e à procura de uma direcção", disse Daniel Hynes, estratega sénior de commodities do Australia & New Zealand Banking Group, à Bloomberg. "Os indicadores económicos pintam um cenário macroeconómico misto e os cortes da produção [de petróleo] ainda têm de ser implementados. Quem aposta nas quedas deve manter esta tendência até que os dados" mostrem uma inversão deste cenário.

 

De acordo com a CNBC, dados da Genscape e o governo norte-americano prevêem um aumento das reservas de petróleo norte-americanas, o que está a penalizar os preços da matéria-prima. Isto ao mesmo tempo que persistem as dúvidas sobre a eficácia dos cortes da produção planeados pela OPEP e os outros produtores.

 

Foi no início deste mês que o cartel assegurou o apoio da aliada Rússia para uma redução da produção, mas o corte só vai ser implementado no primeiro semestre do próximo ano.  

 

Estes receios e incertezas aumentam numa altura em que se intensifica no mercado a perspectiva de um abrandamento económico global, ao mesmo tempo que os investidores têm de gerir a tensão comercial entre os EUA e a China e as dúvidas em torno do acordo sobre o Brexit.

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