Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Mercado petrolífero deverá ter défice de dois milhões de barris por dia este trimestre

Com os cortes na produção por parte da Arábia Saudita, de um milhão de barris por dia desde junho, o "ouro negro" deverá registar um défice de produção, numa altura em que o mercado continua a apertar.

A OPEP+ decidiu que vai estender o atual corte da oferta ao longo de todo o ano de 2024 e anunciou também que vai ajustar a sua produção interna.
Leonhard Foeger/Reuters
  • ...
As perspetivas para o mercado do petróleo na segunda metade do ano permanecem estáveis, muito à semelhança das previsões para os primeiros seis meses de 2023. Já para 2024, o relatório mensal de agosto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), indica que o grupo optou por manter uma expectativa de procura robusta para esta matéria-prima.

A estimativa é que a procura mundial aumente em 2,25 milhões de barris por dia em 2024, o que compara com 2,44 milhões por dia em 2023. Ambas as previsões permanecem inalteradas face ao perspetivado em julho.

Neste trimestre, o terceiro do ano, o mercado deverá registar um défice superior a dois milhões de barris diários, numa altura em que, à semelhança do que aconteceu em junho e em julho, a Arábia Saudita voltou a optar por um corte unilateral da produção em um milhão de barris por dia, algo que também irá acontecer em setembro.

A oferta está também a ser penalizada pela OPEP e aliados, grupo que inclui outros países além dos 13 membros da organização de produtores de petróleo, incluindo a Rússia, depois de Moscovo ter reduzido as exportações desde março.

Esta redução de crude no mercado tem levado a uma alta nos preços, com o Brent a negociar acima dos 88 dólares esta quinta-feira, em máximos de janeiro.

Tal deverá acontecer também em setembro, gerando um défice face à atual procura, potencialmente resultando na maior queda em inventários de crude em dois anos, indicou a OPEP. Isto numa altura em que o grupo dos 13 estima que os "stocks" das nações desenvolvidas estejam abaixo da média dos últimos cinco anos.

Apesar da procura na China, o maior importador de crude do mundo, estar a ser penalizada pela difícil recuperação económica do país e as preocupações persistirem relativamente ao estado da economia norte-americana, a OPEP denota que o mercado segue em tendência de aperto.
Ver comentários
Saber mais Organização dos Países Exportadores de Petróleo OPEP macroeconomia energia petróleo e gás (extração)
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio