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Maior fundo soberano do mundo desinveste no petróleo
O Norges Bank, que gere o maior fundo soberano do mundo – o da Noruega – anunciou que vai retirar 5,4 mil milhões de euros aplicados em empresas petrolíferas cotadas no índice FTSE Russell.
O maior fundo de pensões do mundo confirmou, esta terça-feira, o que já tinha avançado em março passado: que vai desinvestir no petróleo. Mas desta vez com mais pormenores.
O governo norueguês anunciou, em comunicado citado pela Bloomberg, que a decisão de desinvestir em empresas de petróleo e gás aplica-se às companhias classificadas no índice FTSE Russell como "Petróleo: produtoras de crude".
A meio de setembro, 95 empresas recaíam nessa classificação no índice de referência e universo de investimento do Government Pension Fund Global (GPFG), que é gerido pelo Norges Bank.
Essas 95 empresas representavam cerca de 0,8% do "benchmark" do GPFG para as ações, correspondendo a 54 mil milhões de coroas norueguesas (5,44 mil milhões de euros).
Este desinvestimento, informou o governo, irá ser realizado de forma gradual.
A Noruega conta com dois fundos soberanos, o Government Pension Fund Global e o Government Pension Fund Norway.
O primeiro é uma continuação do chamado "Fundo de Petróleo" e o Ministério das Finanças é o responsável pela sua gestão – mas a gestão operacional está delegada no banco central do país, o Norges Bank.
As receitas deste fundo provêm do rendimento total que o governo norueguês obtém com as atividades petrolíferas e do retorno sobre os investimentos do fundo.
Já o segundo tem menor dimensão e é um fundo nacional, estando limitado a investimentos noruegueses e escandinavos – sendo por isso um acionista de relevo em muitas das grandes empresas norueguesas. A sua gestão operacional está delegada no National Insurance Scheme Fund.