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Goldman Sachs surpreendido com reequilíbrio no petróleo

O mercado do petróleo está a entrar em défice mais cedo do que o Goldman Sachs esperava. O banco reviu em alta as estimativas para o preço do crude no próximo semestre, apontando para os 50 dólares por barril.

Bloomberg
16 de Maio de 2016 às 11:35
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O Goldman Sachs subiu a estimativa para o preço do petróleo na segunda metade do ano, para 50 dólares, admitindo ter sido surpreendido por um reequilíbrio no mercado mais cedo do que esperava. Mas o défice de oferta é apenas passageiro e o mercado voltará a ter excedente em 2017, o que levou o banco a cortar as estimativas para o início do próximo ano.

O Goldman Sachs tem sido um dos bancos de investimento mais pessimistas nas estimativas para a subida das cotações do petróleo, defendendo que é necessário preços mais baixos durante mais tempo para reequilibrar o mercado. Mas as interrupções inesperadas na produção conduziram a um défice no mercado mais cedo do que o banco antecipava, admitem os analistas numa nota para investidores.

Assim, o banco subiu a estimativa para o preço do West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, de 45 dólares para 50 dólares por barril, no segundo semestre deste ano. Contudo, cortou as previsões para o início do ano.

"O reequilíbrio físico do mercado petrolífero começou finalmente", escreve a equipa liderada por Damien Courvalin. "Acreditamos que provavelmente o mercado mudou para um défice em Maio", indica na nota para investidores. Assim, "o défice em 2016 que prevíamos está a ocorrer um trimestre antes do que esperávamos", escreve o banco.

Excedente regressa em 2017

Mas este défice é ameaçado pelo aumento da produção do Irão e Iraque. Com os inventários de matéria-prima ainda cheios, o mercado deverá voltar a registar um excedente de oferta em 2017. Para o início do próximo ano, o banco cortou as estimativas de 55 dólares por barril para 45 dólares.

"A recuperação dos preços continuará ancorada nas mudanças de curto prazo nas reservas. (...) O mercado está a caminhar para um défice mais cedo do que esperávamos, mas agora previmos uma queda nas reservas mais gradual", escreve o Goldman Sachs.

Os preços do petróleo estão a valorizar perto de 2% nos mercados internacionais, após a publicação do relatório do Goldman Sachs. O WTI avança 1,77% para 47,03 dólares. O novo preço-alvo do Goldman Sachs representa um ganho potencial de 6,3%. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para Portugal, valoriza 1,80% para 48,69 dólares por barril. 

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