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Gasolina: Fim de subsídio na Nigéria ameaça resultados das refinarias europeias

A procura nigeriana por gasolina europeia já está em queda. A Nigéria é, entre os países da África Ocidental, o freguês número um das refinarias europeias. Sem as exportações para este país, as companhias do bloco podem ver os resultados a encurtar.

Reuters
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As refinarias europeias podem estar prestes a sofrer uma mossa nas exportações, depois de o governo de um dos maiores clientes de gasolina no continente africano, a Nigéria, ter colocado um ponto final na concessão de subsídios de apoio à compra de combustíveis.

A América do Norte e a África Ocidental - com a Nigéria à cabeça - têm sido os dois principais destinos das exportações de gasolina que partem das refinarias europeias.

Estas empresas do Velho Continente produzem mais gasolina do que a Europa consome, pelo que subir as margens de lucro passa sempre por exportar os derivados de crude.

A queda das margens de refinação de várias companhias europeias, que tem vindo a ser sentida nos últimos anos, foi interrompida aquando da invasão russa à Ucrânia.

Atualmente, e de acordo com os dados da Refinitiv citados pela Reuters, as margens de lucro para a gasolina a noroeste da Europa mantiveram-se sólidas, na fasquia dos 27 dólares por barril.

Depois de o presidente nigeriano, Bola Tinubu ter em maio cancelado este subsídio - que custou ao Estado o ano passado 10 mil milhões de dólares - a procura por gasolina na Nigéria registou uma queda de 28%, segundo os dados oficiais do país.

Além do consumo normal interno, este subsídio contribuía para o aumento do contrabando de combustíveis, através da Nigéria, para locais como os Camarões. "O ponto-chave é que a procura da África Ocidental está a secar", alerta o analista-chefe para o mercado petrolífero da Refinitiv, Raj Rajendran, citado pela agência de informação.

A média mensal de importações de gasolina da África Ocidental (WAF) tombou 56%, numa análise em cadeia, no segundo trimestre, de acordo com dados da Refinitiv.

Na ótica do exportador, os embarques em junho a partir dos Países Baixos para África Ocidental caíram, até ao momento, para 629 mil toneladas, bastante abaixo das 895 mil toneladas contabilizadas o ano passado e das 1,2 milhões de toneladas contempladas em 2021.
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