Notícia
Depois da Exxon Mobil e Chevron, Occidental também vai às compras e adquire CrownRock
A aquisição da Occidental Petroleum (Oxy) insere-se num recente movimento de consolidação no setor de petróleo e gás, principalmente na produção de "shale oil". O acordo custou 12 mil milhões de dólares à Oxy.
A Occidental Petroleum (Oxy) acordou esta segunda-feira a aquisição da produtora de petróleo extraído de rochas de xisto betuminoso ("shale oil") norte-americana, a CrownRock, num acordo avaliado em 12 mil milhões de dólares, incluindo dívida da empresa.
Esta compra aumenta assim a presença da Oxy no maior campo de "shale oil" dos Estados Unidos na Bacia do Permiano, tornando-a a segunda maior produtora da região, atrás da Exxon Mobil, que está em processo de aquisição da Pioneer Natural Resources, que têm os maiores volumes de produção na região.
Segundo estimativas da Reuters, este acordo, que deverá ficar concluído no primeiro trimestre de 2024, iria aumentar a produção da Occidental Petroleum na Bacia em 170 mil barris diários de petróleo e gás, atingindo uma produção de 750 mil barris por dia.
"A CrownRock pareceu-nos um encaixe estratégico, dando-nos a oportunidade de aumentarmos a escala na Bacia do Permiano e posicionando-nos para criarmos valor para os nossos acionistas com um acréscimo de 'cash flow' imediato", refere a CEO da Oxy, Vicki Hollub, em comunicado.
Esta aquisição vem na sequência de uma consolidação no setor, numa altura em que as grandes empresas de petróleo e gás aproveitam os bons resultados dos últimos anos, após a pandemia, para adquirir rivais de menor dimensão.
Recentemente, a Exxon Mobil anunciou que pretende adquirir a Pioneer Natural Resources por 60 mil milhões de dólares e a Chevron acordou a compra da Hess por 53 mil milhões de dólares, ambas ainda pendentes de aprovação por parte do regulador norte-americano.
No entanto, a aquisição da Occidental Petroleum está a ser vista com cautela por parte dos analistas, uma vez que a empresa já tem elevados níveis de dívida e o acordo pressupõe a emissão de 9,1 mil milhões de dólares em nova dívida, bem como a assunção de 1,2 mil milhões de dívida da CrownRock.
A dívida total a longo-prazo da Oxy irá assim passar de 18,6 mil milhões de dólares no final de setembro para quase 28 mil milhões. A empresa pretende reduzir a sua dívida em 15 mil milhões de dólares, dos quais pelo menos 4,5 mil milhões nos próximos 12 meses, através da venda de ativos e "cash flow".
"Os ativos da CrownRock são geralmente reconhecidos como de elevada qualidade, mas é provável que os investidores se questionem relativamente ao impacto na Occidental nesta altura", explicou à Reuters o analista da Third Bridge, Peter McNally.
"Estamos bastante negativos nesta acordo", acrescentou o analista Paul Sankey da Sankey Research, acrescentando que "se está adicionar demasiada dívida, quando ela deveria estar a ser paga com ações".
Esta compra aumenta assim a presença da Oxy no maior campo de "shale oil" dos Estados Unidos na Bacia do Permiano, tornando-a a segunda maior produtora da região, atrás da Exxon Mobil, que está em processo de aquisição da Pioneer Natural Resources, que têm os maiores volumes de produção na região.
"A CrownRock pareceu-nos um encaixe estratégico, dando-nos a oportunidade de aumentarmos a escala na Bacia do Permiano e posicionando-nos para criarmos valor para os nossos acionistas com um acréscimo de 'cash flow' imediato", refere a CEO da Oxy, Vicki Hollub, em comunicado.
Esta aquisição vem na sequência de uma consolidação no setor, numa altura em que as grandes empresas de petróleo e gás aproveitam os bons resultados dos últimos anos, após a pandemia, para adquirir rivais de menor dimensão.
Recentemente, a Exxon Mobil anunciou que pretende adquirir a Pioneer Natural Resources por 60 mil milhões de dólares e a Chevron acordou a compra da Hess por 53 mil milhões de dólares, ambas ainda pendentes de aprovação por parte do regulador norte-americano.
No entanto, a aquisição da Occidental Petroleum está a ser vista com cautela por parte dos analistas, uma vez que a empresa já tem elevados níveis de dívida e o acordo pressupõe a emissão de 9,1 mil milhões de dólares em nova dívida, bem como a assunção de 1,2 mil milhões de dívida da CrownRock.
A dívida total a longo-prazo da Oxy irá assim passar de 18,6 mil milhões de dólares no final de setembro para quase 28 mil milhões. A empresa pretende reduzir a sua dívida em 15 mil milhões de dólares, dos quais pelo menos 4,5 mil milhões nos próximos 12 meses, através da venda de ativos e "cash flow".
"Os ativos da CrownRock são geralmente reconhecidos como de elevada qualidade, mas é provável que os investidores se questionem relativamente ao impacto na Occidental nesta altura", explicou à Reuters o analista da Third Bridge, Peter McNally.
"Estamos bastante negativos nesta acordo", acrescentou o analista Paul Sankey da Sankey Research, acrescentando que "se está adicionar demasiada dívida, quando ela deveria estar a ser paga com ações".