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Guiné Equatorial assume gestão de campo petrolífero da Exxon Mobil
“É apenas o início de um longo caminho que representa o orgulho do país em ver a sua empresa no mercado dos hidrocarbonetos”, afirmou Teodoro Obiang Mangue, filho do presidente do país.
A petrolífera americana Exxon Mobil transferiu para a companhia petrolífera nacional da Guiné Equatorial o controlo de uma das unidades de extração do país, o Bloco B.
"Os ativos do Bloco B do campo Sapphire pertencem agora oficialmente à Guiné Equatorial. A transferência da Exxon Mobil para a GEPetrol teve lugar hoje em Malabo", a capital, escreveu Teodoro Obiang Mangue ('Teodorin') na rede social X.
"Isto é apenas o início de um novo processo", acrescentou o dirigente, filho do Presidente do país, Teodoro Obiang Nguema.
"É apenas o início de um longo caminho que representa o orgulho do país em ver a sua empresa no mercado dos hidrocarbonetos", acrescentou.
A cerimónia de entrega foi presidida pelo Presidente equato-guineense e o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE, no poder) afirmou, num comunicado, que a GEPetrol "assumiu 100% das operações petrolíferas" do campo em 01 de junho.
Em novembro de 2023, o vice-presidente anunciou o início de um "período de transição" na gestão dos ativos petrolíferos depois de ter chegado a acordo com a companhia petrolífera norte-americana em antecipar o fim da sua licença de exploração, inicialmente prevista para outubro de 2025.
Com a descoberta de petróleo ao largo das suas costas por empresas norte-americanas em 1996, a Guiné Equatorial tornou-se um dos países com maior rendimento 'per capita' (por pessoa) em África (mais de 8.460 dólares em 2021, segundo o Banco Mundial).
No entanto, esta descoberta não se traduziu num maior bem-estar para a população do país, que integra desde 2014 a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Embora não apresente dados atualizados sobre a pobreza, o país ocupava no ano passado o 145.º lugar entre 191 Estados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Desde a sua independência de Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial tem sido considerada pelas organizações de defesa dos direitos humanos como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo.
Teodoro Obiang Nguema, 82 anos, governa o país com mão de ferro desde 1979, altura em que derrubou o seu tio Francisco Macias num golpe de Estado, e é o Presidente mais antigo do mundo.