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Guiné Equatorial assume gestão de campo petrolífero da Exxon Mobil

“É apenas o início de um longo caminho que representa o orgulho do país em ver a sua empresa no mercado dos hidrocarbonetos”, afirmou Teodoro Obiang Mangue, filho do presidente do país.

Exxon Mobil 246,204 mil milhões de dólares
reuters, bloomberg
20 de Julho de 2024 às 12:46
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A petrolífera americana Exxon Mobil transferiu para a companhia petrolífera nacional da Guiné Equatorial o controlo de uma das unidades de extração do país, o Bloco B.

 

"Os ativos do Bloco B do campo Sapphire pertencem agora oficialmente à Guiné Equatorial. A transferência da Exxon Mobil para a GEPetrol teve lugar hoje em Malabo", a capital, escreveu Teodoro Obiang Mangue ('Teodorin') na rede social X.

"Isto é apenas o início de um novo processo", acrescentou o dirigente, filho do Presidente do país, Teodoro Obiang Nguema.

"É apenas o início de um longo caminho que representa o orgulho do país em ver a sua empresa no mercado dos hidrocarbonetos", acrescentou.

A cerimónia de entrega foi presidida pelo Presidente equato-guineense e o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE, no poder) afirmou, num comunicado, que a GEPetrol "assumiu 100% das operações petrolíferas" do campo em 01 de junho.

Em novembro de 2023, o vice-presidente anunciou o início de um "período de transição" na gestão dos ativos petrolíferos depois de ter chegado a acordo com a companhia petrolífera norte-americana em antecipar o fim da sua licença de exploração, inicialmente prevista para outubro de 2025.

Com a descoberta de petróleo ao largo das suas costas por empresas norte-americanas em 1996, a Guiné Equatorial tornou-se um dos países com maior rendimento 'per capita' (por pessoa) em África (mais de 8.460 dólares em 2021, segundo o Banco Mundial).

No entanto, esta descoberta não se traduziu num maior bem-estar para a população do país, que integra desde 2014 a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Embora não apresente dados atualizados sobre a pobreza, o país ocupava no ano passado o 145.º lugar entre 191 Estados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Desde a sua independência de Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial tem sido considerada pelas organizações de defesa dos direitos humanos como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo.

Teodoro Obiang Nguema, 82 anos, governa o país com mão de ferro desde 1979, altura em que derrubou o seu tio Francisco Macias num golpe de Estado, e é o Presidente mais antigo do mundo.

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