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Petróleo regista a maior subida semanal desde 2009
O petróleo negociado em Nova Iorque está a valorizar, elevando para 14% o ganho desta semana. Apesar da volatilidade durante as sessões, em torno das as negociações para congelar a produção, o WTI encerrou a subir em todas as sessões.
O petróleo está a subir 2% nos mercados internacionais na última sessão de uma semana de fortes ganhos. Com esta valorização, o West Texas Intermediate (WTI) encaminha-se para encerrar a semana com um ganho de 14%, o maior desde 2009. As negociações para congelar a produção marcaram a semana.
O WTI, negociado em Nova Iorque, avança 2,06% para 33,75 dólares, um máximo de quatro semanas. Sobe 14% na semana, a segunda consecutiva de ganhos. Apesar da elevada volatilidade intradiária, com sessões marcadas por fortes subidas e descidas, o crude encerrou todas as sessões desta semana no "verde". Esta é a maior subida semanal desde Fevereiro de 2009, quando acumulou um ganho de 14,95%.
O Brent, negociado em Londres, está a subir 1,90% para 35,96 dólares por barril. Avança em quatro das cinco sessões desta semana, elevando para 9% o ganho acumulado esta semana, a maior valorização semanal desde Janeiro. Assim, reduz a perda desde o início do ano para apenas 3,5%. Já esteve a perder mais de 20%.
As negociações entre a Rússia, Arábia Saudita, Irão e Iraque, entre outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para congelar a produção motivou a subida dos preços, com a expectativa de uma redução do excedente que existe no mercado. As declarações do ministro do Petróleo do Irão, que considerou o acordo "ridículo", demonstraram que é improvável que o acordo seja concretizado.
Além disso, as reservas de matéria-prima nos EUA voltaram a aumentar na semana passada, renovando máximos históricos. O consumo de gasolina, contudo, aumentou, provocando uma queda nos inventários dos produtos petrolíferos.
"O crude avançou apesar dos comentários negativos do Irão e Arábia Saudita sobre o congelamento da produção", disse Jans Pedersen, à Bloomberg. "O crescimento relativamente sólido da economia norte-americana tem sido o principal factor".
"Os mercados ainda estão a digerir o aumento do consumo de gasolina nos EUA, avaliando se é um indicador de crescimento ou apenas se os preços baixos estão a estimular a procura", diz Michael Poulsen, analista na Global Risk Management, à Bloomberg.