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Forte subida semanal do petróleo não mexe nos combustíveis

O petróleo disparou nos mercados internacionais, os combustíveis também. Mas os preços de venda no mercado nacional não devem registar alterações. A gasolina pode até descer ligeiramente.

Correio da Manhã
26 de Fevereiro de 2016 às 11:22
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Quando o petróleo sobe, regra geral as cotações dos combustíveis nos mercados internacionais vão atrás. Foi isso que aconteceu esta semana, mas o resultado para os condutores será, no pior cenário, nulo. A escalada dos preços nos mercados não deverá faze mexer os valores de venda nos postos de abastecimento nacionais na próxima semana. E mesmo que mexam, será no sentido da descida.


Tanto o WTI como o Brent dispararam esta semana. O WTI, negociado em Nova Iorque, regista uma valorização de 14% em apenas cinco sessões, variação que levou as cotações da gasolina e do gasóleo a dispararem. Mas para a definição dos preços dos combustíveis no mercado nacional, o que interessa são as médias semanais. E essas médias travaram a variação das cotações.


No final da semana passada os preços afundaram, depois de fortes subidas. Esta semana, as cotações estiveram a recuperar, mas a média semanal tanto da gasolina como do gasóleo até ficou negativa: -1,73% para 334 dólares por tonelada métrica no caso da gasolina e -1,92% no diesel. E em euros, com a subida da divisa europeia, o resultado é ainda menos expressivo: -0,77% e -0,96%, respectivamente.


Estas variações, que são as consideradas pelas petrolíferas na hora de actualizarem os preços dos combustíveis, fazem com que na próxima semana os preços de venda da gasolina e do gasóleo possam ficar inalterados, apesar da escalada do petróleo. Podem até descer ligeiramente, especialmente a gasolina.


A gasolina simples de 95 octanas está a ser comercializada, em média, a 1,285 euros, segundo a DGEG, enquanto o diesel vale, em média, 1,037 euros. Enquanto a gasolina está 1,85% abaixo do valor registado no final do ano passado, o diesel está já mais caro (0,46%), facto para o qual contribui essencialmente o aumento de seis cêntimos do Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP).


Esse aumento da fiscalidade fez, segundo um estudo divulgado pela Deloitte, com que Portugal subisse para segundo lugar no "ranking" da tributação sobre a gasolina no espaço da União Europeia, considerando o poder de compra comparado dos cidadãos de cada país, apenas atrás da Roménia.


"Até ao recente aumento da tributação dos combustíveis em Portugal, encontrávamo-nos em quinto lugar no que se refere à gasolina e em 12º no gasóleo, o que significou um salto de três posições quanto ao primeiro combustível e de sete no que se refere ao segundo", comenta Afonso Arnaldo, fiscalista da Deloitte. No diesel, Portugal surge como quinto país com tributação mais elevada na Europa dos 28.

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