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Comité ministerial conjunto da OPEP+ apoia manutenção dos atuais cortes de produção

A OPEP+ acordou reduzir a oferta em 7,7 milhões de barris por dia entre agosto e dezembro, para depois flexibilizar esse corte em cerca de dois milhões de barris diários a partir de janeiro de 2021. Mas poderá adiar essa entrada de mais crude no mercado.

Reuters
16 de Novembro de 2020 às 17:31
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O Comité Ministerial Conjunto de Monitorização da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados – o chamado grupo OPEP+ – reuniu-se esta segunda-feira e a maioria dos países membros apoia uma extensão, por mais três meses, dos atuais níveis de corte da produção, disse uma fonte do cartel à Reuters.

 

Na semana passada tinha já sido avançado que a OPEP+ poderia adiar a nova flexibilização do esforço de corte da produção, devido ao impacto negativo que os renovados confinamentos na Europa estão a ter sobre a procura de combustível – o que tem mantido os preços abaixo do que se esperava.

 

No âmbito do acordo que vigora desde janeiro de 2017 entre os 13 países do cartel e os seus 10 parceiros, foi retirado crude do mercado nos últimos anos [com o corte a ser permanentemente ajustado ao longo do tempo], de modo a sustentar os preços. Mas, desde agosto deste ano, com os preços já num patamar considerado aceitável, a OPEP+ tem estado a aliviar esse esforço.

 

Com efeito, desde 1 de agosto que os 23 membros da OPEP+ – que tinham em vigor, desde 1 de maio deste ano, uma redução conjunta da oferta na ordem dos 9,7 milhões de barris diários [equivalente a 10% da produção mundial] – aligeiraram esse corte para 7,7 milhões de barris por dia [8% da produção global], devendo este plafond vigorar até dezembro.

 

Depois, de acordo com o plano inicialmente delineado, a redução da oferta passaria a ser de 5,8 milhões de barris/dia entre janeiro de 2021 e abril de 2022.

 

Só que agora a OPEP+ está a pensar manter em vigor durante mais tempo o atual nível de 7,7 milhões de barris/dia de corte da produção, não se excluindo mesmo que volte a intensificar o esforço de retirada de crude do mercado, comentaram na semana passada fontes do cartel à Bloomberg.

 

Hoje, na reunião do Comité Ministerial Conjunto de Monitorização, foi também essa a ideia preponderante.

 

A 180.ª reunião da OPEP acontece no próximo dia 30 de novembro, sendo que no dia seguinte se realiza a 12.ª reunião ministerial da OPEP+.

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