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Combustíveis subiram, desceram e fecharam o ano… inalterados

Portugueses beneficiaram da valorização do euro face ao dólar que mais do que anulou o ligeiro agravamento das cotações da gasolina e do gasóleo nos mercados internacionais.

Bloomberg
31 de Dezembro de 2013 às 12:36
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Atestar o depósito custa hoje praticamente o mesmo que há um ano. Apesar do sobe e desce a que se assistiu em 2013, o saldo acabou por ser quase nulo, com os preços dos combustíveis vendidos nos postos de abastecimento nacionais a registarem variações negativas quase imperceptíveis. Um registo explicado essencialmente pela protecção obtida pelos consumidores com a subida do euro.

 

Em 2013, o petróleo ficou mais caro. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para a Europa, apresentou uma valorização de cerca de 0,3% para os 111 dólares por barril. Também os combustíveis subiram nos mercados. A cotação da tonelada métrica do gasóleo agravou-se em 2,57%, já a da gasolina ficou mais cara em 1,67%, de acordo com os dados da Bloomberg.

 

Subidas que, contudo, não se traduziram num agravamento dos custos (no saldo do ano) para os consumidores portugueses. Dada a valorização de 4,7% do euro face ao dólar (moeda em que são transaccionados o petróleo e os seus derivados), o balanço dos preços nos postos de abastecimento é praticamente nulo. De acordo com os dados compilados pelo Negócios, o gasóleo ficou 0,35% mais barato e a gasolina baixou 0,62%.

 

A diferença em euros face aos valores que se verificavam no arranque do ano é mínima. O gasóleo baixou, neste período, em cerca de meio cêntimo nos postos das gasolineiras de referência (passando de 1,449 para os actuais 1,444 euros por cada litro), já a gasolina ficou um cêntimo mais barata ao baixar de 1,609 para 1,599 euros por litro neste último dia de 2013.

 

Em 2014, tendo em conta as estimativas dos analistas para a evolução dos preços do petróleo, há margem para que os valores de venda ao público baixem. “A nossa perspectiva moderadamente negativa para o petróleo reflecte o simples facto de que o mercado está a evoluir no sentido de um excesso de oferta fruto do aumento da produção dos países que não pertencem à OPEP [especialmente do petróleo de xisto dos EUA] e do Irão”, refere o Bank of America Merrill Lynch, que antecipa que o Brent possa negociar, em média, nos 105 dólares em 2014 (109 dólares em 2013).

Mesmo assumindo uma descida das cotações da gasolina e do gasóleo em linha com o petróleo é preciso ter em conta o câmbio. Se em 2013 o euro fortaleceu-se face ao dólar, travando subidas e ampliando as quedas dos preços, em 2014 não deverá acontecer o mesmo. A maioria dos analistas antecipa que à medida que a Reserva Federal retire os estímulos aos EUA, o dólar valorize. Ou seja, que a moeda única perca valor, o que poderá anular o efeito positivo nos combustíveis da descida do petróleo.

 

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