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Balanço de 2015: O ano em que o petróleo quebrou os 50 dólares

Os preços do crude registaram uma forte queda no cômputo de 2015, muito à conta do excesso de oferta nos mercados internacionais.

Bloomberg
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 31 de Dezembro de 2015 às 16:38

O crude de referência norte-americano, West Texas Intermediate (WTI), caiu 30,8% no acumulado do ano. Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e "benchmark" para a Europa, cedeu 35,5&%. Isto depois de já em 2014 terem estabelecido também saldos negativos.

O ano de 2015 já se adivinhava difícil para a energia. Logo em Janeiro, tanto o WTI como o Brent quebraram a fasquia dos 50 dólares por barril, o que não acontecia desde Abril de 2009. E a derrocada prosseguiu durante todo o ano. 


A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem insistido em não reduzir a sua produção, numa tentativa de travar o ímpeto dos produtores norte-americanos na exploração de petróleo a partir de xisto betuminoso, uma vez que os baixos preços inviabilizam muitos destes dispendiosos projectos. Mas os EUA, apesar de um recuo na produção, mantiveram-se bastante activos em 2015 e os inventários semanais cresceram semana após semana, o que castigou fortemente o "ouro negro".


A par com esta produção crescente, a que um Irão pós-sanções se está a juntar, temos a diminuição da procura - situação que tem exacerbado o excedente de oferta mundial desta matéria-prima.

As reservas mundiais de crude atingiram mesmo níveis recorde, segundo os dados da Agência Internacional da Energia (AIE) revelados em Novembro. O que não ajudou a aliviar a pressão baixista nos mercados - muito pelo contrário.  

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