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Trump afirma que OPEP+ quer mais do que duplicar os cortes na produção
A OPEP+ anunciou, este domingo, que irá reduzir a sua produção em 9,7 milhões de barris por dia. O presidente norte-americano aponta para os 20 milhões de barris.
O presidente norte-americano, Donald Trump, assegura que os esforços do cartel dos maiores exportadores de petróleo e dos respetivos aliados vão no sentido de um corte muito maior do que o apresentado na semana passada: em vez de quase 10 milhões de barris, os produtores podem cortar 20 milhões por dia.
"Tendo estado envolvido nas discussões, pondo a questão de forma ligeira, o número que a OPEP+ está à procura de cortar é de 20 milhões de barris por dia, não os 10 milhões que estão a ser reportados de forma generalizada", garante Donald Trump, através da sua conta Twitter.
A estimativa dos 20 milhões de barris já havia sido avançada anteriormente, enquanto se desenrolavam as negociações, mais precisamente no passado dia 9 de abril. Foi a agência de notícias Reuters a dar esta estimativa, citando uma uma fonte do cartel.
Na mesma publicação, o líder da Casa Beranca defende que "caso algo aproximado deste número se verifique, e o mundo volte à atividade depois do desastre da covid-19, a indústria da energia será forte novamente, muito mais depressa do que é atualmente antecipado". Trump aproveita ainda para agradecer a todos os que o ajudaram a "pôr este negócio de novo no bom caminho", nomeando a Rússia e a Arábia Saudita em particular.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados (o chamado grupo OPEP+, que inclui com os 13 membros do cartel e 10 países parceiros, entre eles México e Rússia) conseguiram selar um acordo neste domingo, 12 de abril. A OPEP+ anunciou que irá reduzir a sua produção em 9,7 milhões de barris por dia – volume inferior aos 10 milhões acordados inicialmente – sendo que as negociações se prolongaram por quatro dias.
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, sobe 0,92% para os 31,77 dólares, depois de uma semana que terminou com um saldo acumulado negativo de quase 8%. Em Nova Iorque, o barril de West Texas Intermediate avança 1,85% para os 23,18 dólares, depois de ter fechado a semana passada castigado com uma quebra de quase 20% nas cotações.