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Suécia anuncia que encontrou o maior depósito de terras raras da UE

A LKAB acredita que um milhão de toneladas do depósito são óxidos, incluindo praseodímio ou neodímio, que são utilizados para produzir ímanes permanentes que são depois incorporados em veículos elétricos.

Bloomberg
12 de Janeiro de 2023 às 14:42
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A mineira sueca LKAB anunciou esta quinta-feira que encontrou o maior depósito de terras raras da UE no extremo norte do país, um depósito que representará uma "parte substancial das necessidades da Europa" para produzir veículos elétricos e turbinas eólicas.

"Descobrimos o maior depósito de terras raras da Europa, e vamos continuar a explorar", disse Jan Moström, CEO (Chief Executive Officer) da LKAB, numa conferência de imprensa a partir do interior da mina de minério de ferro de Kiruna, no norte da Suécia.

A exploração inicial do depósito, chamado Per Geijer, sugere que contém 585 milhões de toneladas de minério, incluindo apatite mineral, que contém fósforo e outros elementos raros.

A LKAB acredita que um milhão de toneladas do depósito são óxidos, incluindo praseodímio ou neodímio, que são utilizados para produzir ímanes permanentes que são depois incorporados em veículos elétricos.

A concentração de terras raras encontradas é de 0,18% do volume de mineral armazenado, mas o seu grande volume torna potencialmente "rentável e sustentável" explorá-lo para o converter em metais para uso industrial, disse à EFE David Hognelid, chefe da estratégia de produtos especiais da LKBA.

A empresa já começou a preparar as galerias de acesso ao depósito, localizado a cerca de 700 metros da mina de ferro de Kiruna, para poder investigar "em profundidade e pormenor".

O chefe da LKAB previu que será necessário "um ou dois anos" para saber quando será possível começar a explorar estas reservas, o que, às taxas atuais, exigiria "dez ou quinze anos", mas está confiante de que pode ser acelerado.

O anúncio "mostra que existem conclusões importantes para a transição verde" e ajudará o bloco da UE a reduzir a sua dependência da China em relação a estes minerais essenciais para a eletrificação, disse a ministra da Energia e Indústria sueca, Ebba Busch, cujo país detém a Presidência do Conselho da UE durante os próximos seis meses.
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