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Rússia corta produção de petróleo em 500 mil barris por dia em março

A redução anunciada representa um corte de 5% da produção de janeiro e surge em retaliação às sanções impostas pela União Europeia ao petróleo russo

Ganhos anuais são pouco expressivos e o petróleo corre o risco de fechar o ano com saldo negativo.
Angus Mordant/Reuters
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 10 de Fevereiro de 2023 às 12:44
A Rússia vai reduzir a produção de petróleo em 500 mil barris por dia em março. A informação foi divulgada esta sexta-feira pelo vice-primeiro-ministro Alexander Novak e dá seguimento a um alerta que há muito tem vindo a ser feito por Moscovo. 

A redução anunciada representa um corte de 5% da produção de janeiro e surge em retaliação às sanções impostas pela União Europeia (UE) ao petróleo russo, que visam reduzir a receita do país, que desde 24 de fevereiro de 2022 lançou uma guerra na Europa ao invadir a Ucrânia.

"A Rússia acredita que o mecanismo de limitar os preços ao petróleo é uma intervenção nas relações do mercado e uma extensão das políticas energéticas destrutivas do Ocidente", afirmou Novak. 

As sanções impostas pela UE ao petróleo russo em dezembro - que proíbem a aquisição, importação ou transferência de petróleo bruto transportado por mar e de determinados produtos da Rússia para a UE - passaram no passado domingo, 5 de fevereiro, a aplicar-se também a outros produtos petrolíferos refinados.

Os preços do petróleo escalaram mais de 2% após as notícias do corte da produção russa, estando o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, a subir 2,04% para os 79,65 dólares e o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, a valorizar 2,08% para os 86,26 dólares por barril.

Giovanni Staunovo, analista no UBS Group, afirmou, em declarações à Bloomberg, que a curto-prazo ninguém consegue preencher a redução criada pelo corte russo. "A OPEP+ poderá aumentar a sua quota ou reverter os cortes feitos no final do ano", acrescentou.

Os países membros do grupo OPEP decidiram manter a decisão de 5 de outubro, com um corte de 2 milhões de barris por dia, cerca de 2% da procura mundial, até ao final de 2023.
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