Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Corte de produção da Rússia anima preços do petróleo

Tanto em Londres como em Nova Iorque, as cotações do "ouro negro" seguem a somar perto de 2%.

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 10 de Fevereiro de 2023 às 16:28

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta, sustentados pelo anúncio da Rússia de que vai cortar a sua produção de petróleo em 500.000 barris por dia em março - o que corresponde a 5% da sua produção de janeiro. 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,74% para 79,42 dólares por barril.

 

Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, valoriza 1,93% para 86,13 dólares.

 

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que o objetivo deste corte de produção é melhorar a situação do mercado, reiterando que o país não vai cumprir qualquer tecto aos preços imposto pelo mundo ocidental.

 

No entanto, "este passo – em resposta ao embargo europeu às importações de crude e produtos petrolíferos refinados oriundos da Rússia – visa melhorar as receitas petrolíferas, ao reduzir o desconto do crude russo face ao Brent", diz Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, numa análise a que o Negócios teve acesso.

 

"Outro potencial benefício para a Rússia é uma consequente subida do preço do Brent", acrescenta o analista do banco suíço.

 

E mais. "Acreditamos que esta decisão não é completamente voluntária, apesar das afirmações em contrário, dado que os fatores de mercado provavelmente obrigaram a Rússia a tomar esta medida", sublinha Staunovo.

 

"O embargo europeu aos produtos refinados russos, que entrou em vigor a 5 de fevereiro, pesará na produção do país, uma vez que Moscovo terá dificuldades em encontrar compradores suficientes para compensar a procura europeia em falta. Do lado do produto, a falta de petroleiros mais pequenos poderá tornar mais difícil para a Rússia o desvio dos seus produtos refinados para outros mercados", refere ainda o analista do UBS.

Ver comentários
Saber mais Rússia Brent UBS Giovanni Staunovo energia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio