O mercado das matérias-primas foi um dos poucos que mantiveram o fôlego em 2022, com o índice de matérias-primas S&P Goldman Sachs – que é a referência no complexo das "commodities" – a subir 26%, depois de no ano anterior ter já arrecadado um retorno de 37,1%.
Apesar de nem todos os grandes grupos de "commodities" terem tido um desempenho brilhante – a energia e os produtos agrícolas sobressaíram como um todo pela positiva (apesar de algumas exceções, como o carvão), ao passo que os metais preciosos e industriais registaram alguns reveses –, esta categoria de investimento reforçou os ganhos do ano precedente.
A ajudar a que as matérias-primas fossem – pelo segundo ano consecutivo – a classe de ativos com melhor desempenho estiveram vários fatores. Mas um deles, não antecipado pelos analistas, foi o que teve maior impacto, sobretudo na energia: a invasão da Ucrânia pela Rússia, num conflito que decorre há quase um ano.
Assim, depois de um ano de 2021 com uma impressionante escalada nos preços das "commodities", à medida que o mundo reabria portas numa realidade pós-pandémica, 2022 trouxe mais um ano de retornos positivos para esta classe de ativos – a par com elevados níveis de volatilidade –, como se pode observar na tabela periódica elaborada pela Visual Capitalist, com base nos dados compilados pela US Global Investors para 15 matérias-primas de relevo ao longo dos últimos 10 anos.