A tabela periódica das matérias-primas elaborada pela Visual Capitalist dá uma perspetiva diferente sobre a evolução da economia mundial ao longo da última década. Os picos ou as descidas destas matérias-primas, sejam elas agrícolas, preciosas, ou industriais, ajudam a descodificar os fatores de pressão e tendências, por exemplo, de natureza industrial ou de consumo. Eis dez curiosidades sobre as matérias-primas verificadas ao longo dos últimos dez anos.
4PALÁDIO
Na última década, ou seja, entre 2013 e 2022, a matéria-prima que mais vezes esteve no pódio das valorizações foi o paládio. Aconteceu quatro vezes, em 2014, 2017, 2018 e 2019. O paládio aplica-se na indústria elétrica, na fabricação de contactos em sistemas eletromecânicos, nas farmacêutica e química catalisador de reações de hidrogenação e na petrolífera, na catálise de frações de petróleo destilado.
187%LÍTIO
Em 2015, "annus horribilis" para a economia, as matérias-primas sofreram naturalmente o embate. Todas elas registam fortes descidas. A exceção foi o lítio, que registou uma vertiginosa subida de 187,05%. O lítio é uma matéria fundamental no processo de fabricos dos telemóveis e das baterias do carros elétricos.
2ANOS
A afirmação dos carros elétricos no âmbito de uma nova ordem climática mundial é visível através do posicionamento do lítio na tabela periódica. Nos dois últimos anos, 2021 e 2022, ocupou o topo do pódio da mesma.
15MATÉRIAS-PRIMAS
Em 2021, o lítio registou a maior valorização de sempre da última década na tabela periódica elaborada pela Visual Capitalist, com base nos dados compilados pela Bloomberg e pela US Global Investors para 15 matérias-primas. Nesse ano a cotação disparou 442,80%.
54,7%LÍTIO
Curiosamente, nesta tabela periódica, o lítio também é a matéria-prima que registou a maior desvalorização durante o período em análise, 54,70% em 2018.
10ANOS
Em 10 anos, além do paládio e do lítio, só outras três matérias-primas ocuparam o primeiro lugar do pódio. O gás natural em 2013, o carvão em 2016 e a prata em 2020, com subidas de 26,33%, 103,67% e 47,89%, respetivamente.
2017ANO
Não houve um único ano entre 2013 e 2022 em que todas as "commodities" fechassem em território de valorização - 2017 foi o ano em que isso esteve mais perto de acontecer, já que apenas dois produtos cederam terreno: trigo e gás natural.
48,3%CARVÃO
Embora a guerra tenha impulsionado os preços em 2022, sete matérias-primas fecharam o ano em queda. A maior de todas foi a do carvão que tombou 48,34%.
45,5%PETRÓLEO
Entre 2013 e 2022, apenas duas matérias-primas repetiram o último lugar da tabela. O petróleo, em 2014 (-45,58%) e 2020 (-20,54%), e o lítio em 2018 (-54,70) e 2019 (-38,50%).
6,91%MILHO
O milho foi a matéria-prima agrícola que melhor lugar ocupou nos últimos 10 anos. O milho foi terceiro no "annus horribilis" de 2015 com uma desvalorização de apenas 9,63% e em 2018 valorizou 6,91%.