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Paládio tropeça e quebra fasquia dos mil dólares pela primeira vez desde 2018

Uma maior procura por platina nos veículos elétricos, a política monetária e fatores de análise técnica desencadearam esta queda. Para 2024, o cenário mantém-se pessimista, de acordo com o UBS.

O paládio, por estar mais caro, está a perder parte do mercado dos catalisadores automóveis para a platina.
Ilya Naymushin/Reuters
09 de Novembro de 2023 às 18:13
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O paládio caiu abaixo da fasquia dos 1.000 dólares a onça, pela primeira vez em cinco anos. O metal precioso derrapou 5,46% para 995,03 dólares por onça.

Desde o início da semana, o metal precioso já caiu cerca de 10%, com a descida a intensificar-se depois de ter sido quebrado o nível de suporte de 1.110 dólares por onça.

Entretanto, o metal precioso voltou a negociar neste patamar, seguindo agora a afundar 4,4% para 1.003,64 dólares por onça.

O preço do paládio está a ser pressionado por uma redução da procura do setor automóvel, que tem assistido a uma queda nas vendas de veículos a combustão, dando lugar a mais transações de veículos elétricos.

Recorde-se que o paládio é por norma usado nos catalizadores automóveis para filtrar as emissões.

Por outro lado, os "players" do setor automóvel têm ainda optado por uma solução mais barata para estes catalisadores, ou seja, recorrendo mais à platina do que ao paládio.

O paládio está ainda a ser pressionado pela política monetária restritiva da Reserva Federal norte-americana, já que os metais preciosos não remuneram em juros.

No ano passado, esta matéria-prima alcançou máximos históricos, impulsionado pelas sanções impostas a um grande exportador de paládio, a Rússia, depois de Moscovo ter invadido a Ucrânia.

UBS pessimista com o paládio

Depois de, desde o início do ano, o paládio já ter afundado 44,1% no mercado "spot", o futuro continua a ser pouco promissor para o metal precioso, de acordo com o UBS.

O banco suíço voltou a rever em baixa as previsões para o paládio, apontando para que a matéria-prima negoceie nos 1.050 dólares por onça no segundo semestre do próximo ano.

"O metal [precioso] é altamente dependente da procura de catalisadores", pelo que "a substituição do paládio pela platina e o aumento da venda de veículos elétricos deverão levar o metal precioso a um excedente no próximo ano", sublinha Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, num relatório a que o Negócios teve acesso.

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