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Espanha quer impedir "tráfico" de petróleo russo perto de Ceuta

A Capitania Marítima da Ceuta advertiu pelo menos duas empresas locais por estarem a contribuir para o transporte ilegal de petróleo. A Armada e a Guarda Civil estão a patrulhar o mar até 12 milhas da costa.

Reuters
09 de Fevereiro de 2023 às 19:03
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Espanha já tomou medidas para fazer frente ao "tráfico" de petróleo russo em águas internacionais perto da costa de Ceuta.

A Capitania Marítima da cidade autónoma advertiu pelo menos duas empresas locais por estarem a contribuir para o transporte ilegal de petróleo proveniente de Moscovo, segundo avançam o jornal espanhol El Cofidencial e a agência Europa Press.

Fontes da Capitania, citadas pela Europa Press, salientam que as empresas podem ser responsabilizadas se "facilitarem", mesmo que seja com instrumentos que não sejam seus, operações "barco para barco" no mar com produtos sancionados pela União Europeia (UE), neste caso crude russo.

Por sua vez, a Armada e a Guarda Civil Espanhola estão a vigiar as águas até 12 milhas a contar a partir da costa de Ceuta.

No porto da cidade espanhola, localizada no norte de África, chegam embarcações pequenas – alugadas ou compradas pela Rússia – detidas maioritariamente por empresas ocidentais que deveriam cumprir as sanções decretadas por Bruxelas, segundo denunciou o jornalista espanhol Javier Blas, especialista em matérias-primas, numa coluna de opinião na Bloomberg, no final de janeiro.

Os navios Aframax, que transportam cerca de 700 mil barris, ao chegar a Ceuta, entregam a mercadoria a grandes petroleiros batizados de Very Large Crude Carrier (VLCC), com capacidade para transportar dois milhões de barris de ouro negro. Daqui, as embarcações partem para o destino final, a Ásia.

Desde dezembro, segundo a Bloomberg, seis VLCC saíram de Ceuta, depois de receber o crude russo entregue por 15 Aframax. Javier Blas referiu ainda que os petroleiros mantém-se a 12 milhas náuticas de Ceuta, de forma a ficar longe das águas territoriais de Espanha. O jornalista explicou que esta opção de Moscovo se prende sobretudo com razões de custo e segurança.

A União Europeia, depois de ter cortado (com algumas exceções), a 5 de dezembro, as importações via marítima de crude russo, implementou no início deste mês a segunda fase do boicote, ao fazer o mesmo com os produtos refinados.
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